Produtividade e Qualidade, uma questão de organização doméstica.


Que frise-se o produzir com qualidade.

Este é o desafio das empresas do setor de pré-fabricados de concreto armado e protendido do Estado de Pernambuco, que sentem os efeitos de uma rápida expansão fabril e comercial na última década, mas que não imprimiu transformação e melhoria dos processos de fabricação, qualificação da mão-de-obra e controle tecnológico dos materiais e insumos.

Falta comprometimento ou perspectiva de futuro aos empresários? Falta lógica e economia nos processos? Há demanda por novos produtos? Há espaço para mecanização e automação plenas dos processos fabris? É fácil afirmar que sim, que certamente é necessário e urgente trabalhar com essas variáveis a fim de uma modernização das técnicas, gerando menor custo de produção e agregando valor ao produto final, de melhor aparência, funcionalidade e resistência.

Peças pré-fabricadas em concreto tem que ser atemporais em formas e vãos, tem que existir para ganho de tempo de construção sob diversas solicitações: vigas, pilares, lajes, telhas etc. Alternando ou combinando técnicas e métodos na obtenção de produtos economicamente vantajosos, numa melhor relação custo/benefício de produção, transporte e montagem. Isso não se obtém sem investimento prévio em pesquisa por novos produtos e técnicas.

Busca-se maiores vãos livres com maiores cargas de utilização e menor peso próprio das peças, abrindo espaço para o concreto protendido. Esta técnica exige refinamento no controle de qualidade desde as matérias-primas do concreto de alto desempenho (com resistência de protensão ≥ 21 Mpa às 24 horas) à umidade ótima da mistura, às cargas de projeto e da tensão aplicada no ato da protensão/alongamento das cordoalhas e fios, à cura úmida com rega em intervalos de 8 horas para ambientes sob ação do vento e umidade do ar relativamente baixa, à dimensão de fôrmas e regulagem de máquinas, ao adensamento e redução dos vazios da mistura (maior densidade), dentre outras exigências quanto ao desmolde (efetivação da protensão), estocagem em pátio (manuseio e empilhamento máximo), expedição e montagem.

É fácil perceber a complexidade e os agentes necessários para a transformação de um setor, os quais precisam de treinamento para aprimorar as habilidades e desenvolver o senso de grupo, de visão de conjunto, de trabalho em harmonia. Máquinas e homens não são concorrentes, são parceiros.

Implantar um novo processo ou uma nova máquina, mais motores e luzes indicadoras, pode ser muito bonito e impressionar. Mas funcionar como deveria e representar efetiva melhoria, somente com planejamento e reorganização da linha de produção existente para comportar os novos padrões de produção. De um outro ponto de análise, não é a promessa de uma máquina pelo trabalho de dez homens que simplesmente os dez homens serão substituídos, pois o funcionamento desta máquina e sua produção podem estar além da capacidade de logística da unidade fabril. Sem planejamento, a solução imediatista vira problema em dobro.

A qualidade não é exclusividade do setor produtivo, ela deve partir como meta incessante dos gestores da fábrica, sendo o foco das decisões em conjunto das diretorias, gerências e demais hierarquias. Assim, qualidade deixa de ser apenas aparência e toma sentido como a ferramenta de controle e evidência do correto funcionamento da produção, bem como garantia de economia no canteiro de obras.

É evidente que todo novo processo requer treinamento e qualificação profissional para que ele efetivamente funcione e não se torne obsoleto e dispendioso. Afinal, a busca é por melhorias e não por alegorias.


Murilo Cavalcanti
Estagiário de Engenharia Civil
Ind. Bras. de Concreto Ltda. - INBRAC
Faculdade do Vale do Ipojuca – Devry Brasil

Texto em Ingles:

 What frize up the produce quality.

This is the challenge for companies in the precast reinforced and prestressed concrete in the State of Pernambuco, who feel the effects of a rapidly expanding manufacturing and trade in the last decade, but not printed transformation and improvement of manufacturing processes, qualification hand labor and technological control of materials and supplies.




Lack of commitment or perspective future entrepreneurs? Lack logic and economy in the process? There is demand for new products? There is room for full mechanization and automation of manufacturing processes? It's easy to say that yes, it certainly is an urgent need to work with these variables in order to modernize the techniques, generating lower production costs and adding value to the final product, best appearance, functionality and endurance.

Precast concrete has to be timeless shapes and spans, must exist to gain construction time under various requests: beams, columns, slabs, tiles etc.. Alternating or combining techniques and methods in obtaining products economically advantageous, better cost / benefit ratio of production, transportation and assembly. This can not be achieved without prior investment in research for new products and techniques.

Search is larger spans with larger loads use and lower self weight of the pieces, opening space for prestressed concrete. This technique requires refinement in quality control from raw materials of high performance concrete (prestressing resistance ≥ 21 MPa at 24 hours) to the optimum moisture content of the mixture, the design loads and the voltage applied at the time of prestressing / stretching of ropes and wires, the moist curing with watering every 8 hours for environments under the action of the wind and humidity relatively low, the size of molds and regulation of machines and the density and reducing empty mix (higher density), Among other demands on the undercut (effectuation of prestressing), storage on patio (maximum handling and stacking), shipping and assembly.

It's easy to understand the complexity and the required agents for the transformation of a sector, which need training to enhance skills and develop a sense of group, vision together, working in harmony. Machines and men are not competing, they are partners.

Implementing a new process or a new machine, more engines and lights can be very beautiful and impressing. But working as it should and represent effective improvement only with planning and reorganization of existing production line to accommodate the new production standards. From another point of analysis, there is the promise of a machine by the work of ten men just ten men will be replaced, because the operation of this machine and its production may be beyond the capacity of the plant logistics. Without planning, the immediate solution turns double trouble.

The quality is not unique to the productive sector, it must come from a goal incessant managers of the factory, being the focus of the joint decisions of directors, management and other hierarchies. Thus, quality is no longer just look and takes direction as the tool of control and evidence of correct operation of production, and guarantee savings in construction site.

It is evident that every new process requires professional training and qualification for it to function effectively and not become obsolete and costly. After all, the search is for improvements and not allegories.
 
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