Segundo a norma, uma laje alveolar é uma
peça de concreto produzida industrialmente, fora do local de utilização
definitiva, sob-rigorosas condições de controle de qualidade. É caracterizada
por armadura longitudinal ativa, que engloba totalmente a armadura inferior de
tração necessária e por ausência de armadura transversal de cisalhamento. A
seção transversal é alveolar com a presença de almas de concreto e alvéolos. O
uso de aditivos ou adições no concreto, com o objetivo de acelerar ou retardar
a pega e o desenvolvimento da resistência nas idades iniciais, reduzir o calor
de hidratação, melhorar a trabalhabilidade, reduzir a relação água/cimento,
aumentar a compacidade e a impermeabilidade ou incrementar a resistência aos
agentes agressivos e às variações climáticas ou outros, deve seguir o que
estabelece a NBR 12655.
Em elementos pré-moldados protendidos, os
aditivos empregados no concreto ou na argamassa em contato com a armadura de
protensão não podem conter ingredientes que possam provocar corrosão do aço, em
particular a corrosão sobtensão, sendo proibido o uso de aditivos à base de
cloretos ou quaisquer outros halogenetos, conforme as NBR 11768 e NBR 9062.
Aplica-se o disposto na NBR 6118 com relação à trabalhabilidade, durabilidade,
ao diagrama tensão e deformação, módulo de deformação longitudinal à
compressão, módulo de deformação transversal, coeficiente de Poisson,
coeficiente de dilatação térmica, à retração e à fluência.
A liberação da protensão das lajes
alveolares, conforme definido em 3.6, deve ser executada com meios apropriados
que evitem transmissão de choques dos fios, cabos ou cordoalhas ao concreto e
somente após comprovação de que a resistência efetiva do concreto à compressão
tenha atingido o valor indicado no projeto para esta fase, não admitindo valor
inferior a 21 MPa. A resistência de projeto e a sequência de liberação da
protensão a ser seguida, conforme dimensionamento segundo a Seção 7 deve
constar nos itens obrigatórios de projeto, conforme Seção 12.
Os sistemas de lajes tradicionais exigem
o recebimento, transporte e estocagem de diversos componentes da laje (vigotas,
elementos de enchimento, armaduras e escoras). Para cada um dos componentes é
necessário espaço para estocagem e translado do material do recebimento ao
estoque e, do estoque ao local de utilização. Na laje alveolar, somente os
painéis e eventualmente o aço para a malha de distribuição, deverão ser
recebidos e descarregados com auxílio de guindaste, ou pela grua da própria
obra, simplificando o recebimento, estoque e manuseio do produto.
O processo de montagem da laje alveolar é
muito simples e repetitivo e o rendimento de uma equipe de montagem de três
operários pode chegar, sem dificuldade, a 50m²/h, o que equivale a 400m² em
oito horas de trabalho. Concluída a montagem dos painéis alveolares, é possível
o inicio imediato do preenchimento das juntas ou execução de capa de concreto,
sem necessidade de qualquer escoramento dos painéis. A frequência de ensaios
para controle tecnológico deve ser estabelecida considerando o processo
produtivo, atendendo às seguintes condições: Os ensaios previstos devem ser
realizados com o concreto destinado à concretagem de cada pista; Sempre que
houver alteração no proporcionamento dos materiais ou paralisação e posterior
retomada dos trabalhos, um novo ensaio deve ser realizado.
A verificação da trabalhabilidade deve
ser feita através de ensaios de consistência. Nessa verificação devem ser
considerados os processos usuais de produção das lajes alveolares: Por
extrusão, por moldagem ou concretadas pelo processo convencional. No processo
por extrusão, a concretagem é feita por meio da máquina extrusora e é
dispensada a verificação da consistência, pois o abatimento do concreto deve
ser sempre nulo para que seja possível a execução das lajes. O abatimento nulo
é inerente ao processo produtivo. No processo por moldagem, a concretagem é
feita por meio de máquina moldadora e o abatimento do concreto deve ser obtido
conforme estabelecido na dosagem experimental. Para a determinação do
abatimento de concreto, deve ser seguida a NBR NM 67.
Deve ser comprovado o atendimento da
resistência característica do concreto à compressão aos 28 dias (fck) e a
resistência estabelecida para efeito da liberação da protensão (conforme
5.2.2.2) ou do manuseio na respectiva idade (fcj). É permitida a avaliação
prévia da resistência em idade menor, desde que se tenha determinada a relação
entre as resistências nessa idade e na idade prevista para controle. Podem ser
empregados métodos não destrutivos para a avaliação da resistência durante a
fase construtiva, de manuseio, transporte e montagem, desde que se tenha
determinada a relação entre as leituras obtidas pelo método escolhido, em
corpos de prova moldados conforme a NBR 5738, com as resistências resultantes
na ruptura desses mesmos corpos de prova pelo método da NBR 5739 na mesma
idade, submetidos a condições de cura iguais às dos elementos pré-moldados.
Deve ser levada em consideração a dispersão dos valores obtidos em cada um
destes métodos para a avaliação confiável das resistências. É vedada a
utilização de métodos não destrutivos como ferramenta rotineira para fins de
controle de qualidade e avaliação de resistência, concretos de baixas idades,
bem como para a liberação das etapas de retirada das formas e do corte das
armaduras protendidas (correspondente ao ato da liberação da protensão, no
processo por pré-tração).
Mais informações consulte
a NBR14861 Lajes Alveolares de 10/2011.