Sistema construtivo utiliza esferas plásticas confinadas entre armaduras para execução de lajes mais leves
Tecnologia está sendo adotada pelo consórcio Odebrecht Infraestrutura e Via Engenharia no Centro Administrativo do Distrito Federal, em Brasília
Rodrigo Louzas
Em construção em Brasília, o
novo Centro Administrativo do Distrito Federal está apostando em uma
tecnologia bastante utilizada na Europa. Para reduzir o peso próprio das
lajes planas, o consórcio formado por Odebrecht e Via Engenharia adotou
o sistema patenteado BubbleDeck. As pré-lajes são içadas em paineis de
armaduras com esferas plásticas confinadas. Os vazios formados pelas
esferas reduzem em até 35% o peso próprio em relação a uma laje comum.
O sistema utilizado em obras em mais de trinta países, entre eles Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca fez algumas incursões no Brasil em meados da década de 2000, mas só agora volta em uma grande obra.
As esferas plásticas são produzidas com polipropileno e são inseridas entre duas telas de aço. A execução de uma laje é feita basicamente em quatro etapas. Após a fabricação dos painéis na fábrica, se inicia a execução do escoramento e a colocação da malha inferior do módulo. Depois da colocação das esferas, a malha superior é soldada e o módulo é concretado in loco.
O uso das esferas dispensa a necessidade de vigas e reduz o número pilares, permitindo vãos maiores. O sistema também proporciona, de acordo com o fabricante, maior isolamento acústico e térmico e, em caso de incêndio, as esferas carbonizam sem emitir gases tóxicos.
A obra dos 16 prédios do Centro Administrativo do Distrito Federal (CADF) possuem o cronograma de produção de 1.000 m² de painéis BubbleDeck por dia, o que, segundo os engenheiros responsáveis, representará uma redução do consumo de concreto e do uso de escoramento em relação ao projeto original.
estudo comparativo demonstrativo (com cálculos):http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgEYsAK/lajes-bubblede-x-lajes-lisas