1. INTRODUÇÃO
Este ensaio é indicado para areia com teor de impurezas orgânicas maiores do que o
especificado nas normas brasileiras (intensidade de cor maior que a solução padrão).Este
compara a resistência à compressão de duas argamassas preparadas com o agregado
miúdo suspeito, nas condições de lavado e no estado original, para que se possa verificar se
a impureza orgânica que o contamina é ou não prejudicial à resistência.
2. EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
a. Balança (resolução 0,1 g), com capacidade mínima 1 kg.
b. Mesa de fluidez.
c. Fôrma tronco-cônica.
d. Paquímetro.
e. Soquete normal para ensaio de cimento.
f. Argamassadeira.
g. Espátula com lâmina de metal (10 mm x 150 mm).
h. Molde cilíndrico (50 mm x 100 mm).
i. Régua metálica não flexível.
j. Placas de vidro retangulares 70 mm x 100 mm x 5 mm de espessura.
3. EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
a. Separar a amostra em duas porções, imergir uma das porções do agregado miúdo numa
solução de hidróxido de sódio a 3% por aproximadamente 24 horas e lavar com água até
que o seu teor de matéria orgânica esteja com coloração mais clara que a solução
padrão.
b. Lavar com água para retirar completamente o hidróxido de sódio, o que se verifica pela
determinação do PH da água de lavagem, que deve ser, então, o mesmo da água limpa.
Nota: Evitar a perda de finos para que o módulo de finura das areias lavada e não lavada
não difiram mais que 0,1.
c. Levar as porções de amostra à condição de saturada com a superfície seca, conforme o
método ASTM C 128 e prepara uma quantidade de material ligeiramente maior que a
necessária.
d. Utilizar água e cimento em quantidades tais que resultem numa relação água/cimento de
0,6 em massa. Sugere-se utilizar 620 g de cimento e 372 g de água para cada mistura.
e. Colocar a água de mistura na cuba e adicionar o cimento. Ligar o misturador em baixa
velocidade (140 + 5 r.p.m.) por 30 segundos.
Colocar o agregado nos 15 segundos seguintes, de modo que se alcance a consistência
desejada (220 a 230 mm), conforme o ensaio de fluidez especificado a seguir:
Preencher a fôrma tronco-cônica com 3 camadas de alturas iguais dando 15 golpes na
primeira camada, 10 golpes na segunda camada e 5 golpes na terceira camada, sendo
que a mesa de fluidez deve cair 30 vezes em 30 segundos.
f. Mudar para velocidade alta (285 + 10 r.p.m.) e misturar por 30 segundos.
g. Parar o misturador e deixar a argamassa descansar por 1,5 minutos. Nos primeiros 15
segundos deste intervalo, raspar rapidamente para baixo as porções de argamassa
aderida nas paredes internas da cuba e cobri-la com pano úmido no restante do intervalo.
h. Finalizar misturando por 1 minuto em velocidade alta.
i. Se a argamassa estiver muito plástica, devolve-la à cuba, adicionar mais areia e misturar
por mais 30 segundos. Anotar a nova quantidade de areia e determinar novamente a
consistência.
j. Fazer várias tentativas de determinação da fluidez e adicionar areia até encontrar o traço
correspondente à consistência especificada. Caso a consistência especificada seja
encontrada em apenas 1 ou 2 tentativas, pode-se usar a mesma mistura na moldagem;
caso contrário, deve-se preparar nova mistura.
Nota: Em qualquer caso que exigir intervalo na mistura, raspar rapidamente para baixo com
uma espátula as porções de argamassas aderidas nas paredes internas da cuba antes do
prosseguimento do ensaio.
k. Uma vez encontrado o traço, preparar novas misturas de argamassa, com o mesmo
procedimento, mas sem determinar a fluidez.
l. Preparar, para cada idade, duas misturas de três corpos-de-prova cada, com a areia
lavada e não lavada.
Nota: A idade comum de ensaio é de 7 dias; porém outras poderão ser especificadas.
m. Moldar o corpo-de-prova em quatro camadas, golpeando cada camada 30 vezes com o
soquete.
n. Após o adensamento da última camada, colocar um excesso de argamassa sobre os
moldes levá-los à câmara úmida e, após 3 a 4 horas, rasá-los e cobri-los com placa de
vidro.
o. Desmoldar os corpos-de-prova após 20 a 24 horas e imergi-los em água a 23 + 2°C,
exceto os que devam ser ensaiados nessa idade.
p. Capear os corpos-de-prova com mistura de enxofre e quartzo.
q. No ensaio de compressão, a velocidade de carregamento deve estar entre 0,20 e 0,30
MPa/s.
r. Calcular a resistência à compressão de cada corpo-de-prova, arredondando-a ao décimo
mais próximo:
Resistência a compressão= Carga Máxima/área da seção transversal (N/mm2 ou Mpa)
s. Calcular a média das resistências individuais, em MPa, dos seis corpos de prova de cada
série ensaiados na mesma idade.
Arredondar a resistência média ao décimo mais próximo.
t. Calcular o desvio relativo máximo da série de seis resultados, arredondando a
porcentagem obtida ao décimo mais próximo:
Desvio relativo máximo =(Res. Média – Res. Ind. Que mais se afasta da média)/Resistência média*x 100 (%)
Nota: Desconsiderar a série de seis corpos-de-prova (2 misturas de 3 cps) de uma idade
sempre que o desvio relativo máximo for superior a 8%; nesse caso, repetir integralmente o
ensaio na mesma idade até obter o desvio relativo máximo menor ou igual a 8 %.
u. Calcular, para cada idade, a resistência relativa da argamassa;
Resistência relativa =(Resistência média correspondente agreg. original)/Resistência média correspondente agreg. Lavado*100 (%)
4. CUIDADOS ESPECIAIS
Contar a idade do corpo-de-prova a partir do instante em que o cimento é posto em contato
com a água de mistura.
5. INTERPRETAÇÃO
A NBR 7211:2004 indica que a diferença máxima aceitável entre os resultados de resistência
à compressão é de 10%.
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