Este procedimento se aplica à moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos, utilizados
nos ensaios de compressão e de tração por compressão diametral, e corpos-de-prova
prismáticos, utilizados no ensaio de tração por flexão. Não se aplica aos concretos com
abatimento igual a zero ou misturas relativamente secas, como as usadas na fabricação de
tubos ou blocos.
2. EQUIPAMENTOS
a. Moldes cilíndricos de altura igual ao dobro do diâmetro. O diâmetro deve ser 10 cm, 15
cm, 20 cm, 25 cm, 30 cm ou 45 cm.
b. Moldes prismáticos de seção transversal quadrada de no mínimo 150 mm, com
comprimento pelo menos 50 mm maior que o vão de ensaio e 50 mm maior que três
vezes a dimensão da seção transversal.
c. Haste de adensamento em aço, com extremidade semi-esférica de 16 mm de diâmetro e
60 a 80 mm de comprimento.
d. Vibrador de imersão, com agulha de diâmetro entre 19 mm e 1/4 do diâmetro ou 1/3 da
seção transversal do corpo-de-prova, comprimento 80 m maior que a altura do corpo - de
- prova e freqüência de vibração superior a 100 Hz.
e. Vibrador externo ou mesa vibratória com freqüência de vibração superior a 50Hz.
f. Concha para concreto.
g. Colher de pedreiro.
h. Colarinho metálico para os moldes.
3. PROCEDIMENTOS
a. Aplicar fina camada de óleo mineral nas faces internas dos moldes e verificar seu
fechamento e vedação.
b. O lado ou diâmetro do corpo-de-prova deve ser no mínimo quatro vezes a dimensão
característica do agregado.
c. Obter a amostra de concreto de acordo com a NBR NM 33 e determinar o seu
abatimento.
d. Colocar o concreto dentro dos moldes em número de camadas de igual altura, de acordo
com a Tabela 2. Nivelar o concreto com a haste antes de iniciar o adensamento de cada
camada.
e. A escolha do tipo de adensamento deve obedecer aos intervalos da Tabela 1.
f. No adensamento manual, os golpes devem ser distribuídos uniformemente em toda a
seção. A primeira camada deve ser atravessada em toda sua altura; nas demais
camadas, a haste deve atingir 20mm da camada inferior. A última camada deve ser
moldada com excesso de concreto; não é permitido completar o volume do molde após o
seu adensamento.
g. Se for utilizado vibrador externo, a vibração de cada camada deve ser interrompida até
que a superfície se apresente relativamente plana e brilhante. A última camada deve ser
moldada com excesso de concreto; não é permitido completar o volume do molde após o
seu adensamento.
h. O vibrador de imersão deve ser introduzido apenas uma vez em cada camada do molde
cilíndrico, no centro da seção. Para moldes prismáticos, o vibrador deve ser colocado no
centro e nas extremidades de seu eixo. Evitar que o vibrador toque o fundo e as laterais
do molde. A partir da segunda camada, o vibrador deve atingir 20 mm da camada inferior.
Interromper quando a superfície se apresentar relativamente plana e brilhante. O concreto
da última camada pode ficar até 5 mm abaixo do topo do molde, preenchendo totalmente
durante a vibração.
i. Após o adensamento de cada camada, bater levemente na face externa do molde para
fechar vazios.
j. Rasar a superfície com colher de pedreiro ou haste e cobrir com plástico.
k. Colocar os corpos-de-prova sobre superfície plana, protegido de vibrações e de
intempéries por 24h (cilíndricos) ou 48h (prismáticos).
l. Desmoldar, identificar os corpos-de-prova e armazenar em tanque ou câmara de cura, de
acordo com a NBR 9479.
Nota: Para concretos especiais, o procedimento de moldagem pode ser modificado de modo
a similar o adensamento a ser empregado na obra, de acordo com o responsável pela obra.
4. CAPEAMENTO
Antes de ensaiar os corpos-de-prova é preciso preparar suas bases, para que se tornem
planas e perpendiculares à altura. O capeamento de até 3 mm pode ser feito com uma
mistura quente de enxofre e areia muito fina, na proporção de 2:1, em massa. Podem ser
usadas borrachas de neoprene, que são reutilizáveis.