Tipos de Usinas de Concreto: Central Dosadora e Misturadora


Com o aumento na demanda do mercado de construção civil, a constante necessidade de atingir padrões mais altos de qualidade e racionalização do produto e a diminuição de espaço nos canteiros de obras, as empresas do ramo passaram a utilizar em escala muito maior o concreto fornecido por CDC (Centrais Dosadoras de Concreto).
Uma central pode preparar e transportar grandes quantidades de concreto em curto espaço de tempo. Ainda, como o estoque de materiais é feito fora do local da obra, há redução no controle de suprimentos, materiais e equipamentos, bem como eliminação das áreas de estoque, com melhor aproveitamento do canteiro de obras. Além disso, concretos com diferentes propriedades para atender às necessidades de execução de tipos específicos de peças estruturais, alturas e dificuldades de lançamento podem ser preparados por uma central sem maiores transtornos às obras.
Numa central, os estudos prévios para definição da dosagem, seleção de materiais adequados e a correta proporção dos materiais resultam em concretos mais homogêneos que dão mais segurança ao processo, além da economia gerada pelo fornecimento de concretos em alta escala, maior sincronização entre as atividades e melhor uso dos recursos humano. Não se deve esquecer que uma central oferece assistência técnica, pois possuem equipe de especialistas, com plenas condições de auxiliar os empreendimentos na busca de soluções que visem aprimorar o processo.

Para preparação de concreto são empregadas as centrais dosadoras e as centrais misturadoras. As centrais dosadoras são aquelas que apenas realizam a dosagem dos insumos do concreto no balão do caminhão betoneira, onde a mistura é realmente efetivada.

Quando o assunto são as centrais misturadoras de concreto (que também são dosadoras), um componente do equipamento assume vital importância na qualidade da produção: os misturadores. Os movimentos do equipamento, combinados com a ação dos agitadores e dos demais componentes internos, contribuem para que a distribuição dos agregados e do cimento seja uniforme em toda a mistura. Por esse motivo, as usinas misturadoras produzem um concreto mais homogêneo. Com isso, o concreto produzido apresenta as mesmas propriedades de resistência e durabilidade especificadas em projeto ao longo de toda a batelada e até mesmo em outros ciclos de produção.
Para obter essa homogeneidade na distribuição em toda a massa, os fabricantes investem no desenvolvimento de diferentes modelos de misturadores. Os mais usuais no mercado brasileiro são os modelos com dois eixos em posição horizontal e os planetários, cujos braços giram em torno de um eixo vertical para a movimentação dos agitadores e pás. Em geral, estes últimos oferecem menor volume de produção e se destacam pela eficiência nas misturas com agregados de maior diâmetro. Os misturadores de duplo eixo horizontal, por sua vez, destinam-se a grandes volumes, sendo indicados para obras de infraestrutura.

Nas centrais misturadoras, ao contrário das centrais dosadoras, o concreto é misturado na própria central, permitindo deste modo, que o concreto seja transportado para o local da aplicação por outros meios além dos caminhões betoneira (Basculantes, Dumpers, Gruas, etc).

Misturador Planetário

A maior parte das centrais usadas hoje no Brasil ainda é do tipo dosadora. As centrais podem ser permanentes ou temporárias, sendo as primeiras as mais comuns nas cidades e buscam atender a diversos empreendimentos de uma região, localizados dentro de sua área de influência. As centrais móveis são utilizadas quando a magnitude e especificidade do empreendimento exijam a instalação de uma central exclusiva e que será desmobilizada ao término da obra.



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