Competição de máquinas geneticamente projetadas juntou equipes de todo o mundo.
Aylons Hazzud
Engenharia genética não serve somente para agronegócio ou medicina: ela também pode ter aplicações em engenharia civil, elétrica e computação. É o que mostra o concurso iGEM (International Genetically Engineered Machine), em que estudantes devem projetar máquinas biológicas para as mais criativas tarefas. Para isso, geralmente se alteram bactérias para alterar o seu comportamento convenientemente, com resultados surpreendentes.
Gráfico da equipe mostra como age a bactéria que remenda concreto.
Um dos projetos da edição 2010 foi uma bactéria capaz de remendar rachaduras em concreto. A chamada BacillaFilla entra nas rachaduras e então as preenche com uma espécie de cola resistente. E a aplicação não poderia ser mais simples, bastando jogar um spray sobre a estrutura danificada, como um Merthiolate para prédios e pontes “machucados”. A fim de evitar que ela se multiplicasse e concretasse o mundo inteiro, a BacillaFilla ainda é programada com um mecanismo de auto-destruição acionado quando está longe do concreto.
Também participam do concurso bactérias da área da eletrônica (j.mp/9snkcp), que ajudam na construção de circuitos, e outras capazes de criptografar dados (j.mp/cR9pv9). Os saudosistas vão se divertir com a E. lemming (j.mp/9LoChd), que como os personagens do antigo game vão na direção em que você apontar – o menor robô biológico do mundo, segundo os seus criadores.
A lista completa dos concorrentes pode ser vista no site j.mp/cCmVJQ. Os vencedores já foram escolhidos, e o grande vencedor é metalinguístico: um sistema biológico sintético que auxilia a criação de sistemas biológicos sintéticos, ou algo análogo a um bio-compilador.