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Concreto que Purifica o Ar (5)

Pavimentação de concreto purificador de ar




No ano passado, em 55% das estações de monitoramento do ar urbano na Alemanha, foram registrados níveis de óxido de nitrogênio acima do limite máximo admissível. Uma rua particularmente ruim foi Petersberger Strasse, na cidade de Fulda. Para realizar o estudo, a rua foi coberta com placas de pavimentação revestidas com dióxido de titânio (TiO2). As Placas de ar limpo foram desenvolvidas por F. C. Nüdling Betonelemente, e sua eficácia foi posteriormente comprovada por pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Biologia Molecular e Ecologia Aplicada.

Encontrar a fórmula certa para as placas foi um processo complicado. A equipe F. C. Nüdling tentou várias superfícies, cores e conteúdos de dióxido de titânio (TiO2), e acabou tendo que criar suas próprias fórmulas de cimento, já que as misturas tradicionais se mostraram ineficazes. As placas foram fixadas em um solo especialmente criado para os ensaios, e deixadas por um prolongado período de tempo. Ao longo do ensaio, as taxas de degradação de óxido de nitrogênio de 20% a 30% foram registradas em uma altura de três metros acima das placas, em condições de vento moderado a fraco. Quando não havia vento, as taxas de degradação foram tão elevadas chegando a 70% tanto para o monóxido de nitrogênio (NO) quanto para dióxido de nitrogênio (NO2).

As Placas de Ar Limpo já estão em uso na Gothaer Platz em Erfurt, onde taxas de 20% para NO2 e 38% para NO foram registradas. Após 14 a 23 meses de uso, as placas parecem ser tão eficaz na neutralização de poluentes como eram quando implementadas.

Os pesquisadores do Fraunhofer também queriam saber o que acontecia com o nitrato que era resultado final do processo de conversão de óxido de nitrogênio. Como foi o caso na Holanda, a chuva lavou esse nitrato para fora das estradas, para as galerias pluviais, em estações de tratamento de água e, finalmente, nos rios e águas subterrâneas. Nas fontes de água local, a maior quantidade que a equipe alemã pode traçar de volta para as placas ficou em torno de cinco miligramas por litro, o que está bem abaixo do máximo permitido de 50 miligramas por litro.

O estudo está sendo patrocinado pela Fundação Alemã do Meio Ambiente. Tá legal, mas até chegar aqui 2012 já foi e nada mais existe além de baratas atômicas!