Acredito que nós estejamos apegados à ignorância porque o debate em busca da novas respostas em uma empresa para a construção de um consenso em torno das tarefas diárias seja visto como algo muito trabalhoso e que coloca em risco a zona de conforto de muitos e é onde surge a função do supervisor ou para alguns o CARRASCO.
Para indicar o culpado por baixas produções alguém é indicado a direção da empresa como o supervisor, ai surge a função dita como Carrasco.
Qualquer que seja seu rumo, mesmo que seja para educar os operários a função a ser exercida por ele é consagrada como Carrasco que está a procura do "bode expiatório", aquela cuja a principal tarefa é localizar e punir exemplarmente alguém que não atenda a tarefa diária e sendo indicado como "o culpado".
Este é um ritual mantido em pequenas, médias e grandes empresas. Empresas fundadas há poucos anos ou há décadas. Porque se entende que é melhor se livrar dos problemas do que querer aprender a partir da busca da superação de suas causas com ensinamentos.
Os supervisores devem validar as tarefas que levem em conta a capacidade nominal da produção, isto é, aquela base teórica que aponta um potencial para produzir um volume de um item ou mix de itens.
Devem também considerar se o sistema de manutenção vai garantir que os equipamentos produtivos tenham um desempenho estável,
Devem considerar se todas as matérias primas e insumos serão entregues dentro dos prazos regulares,
Devem considerar se o absenteísmo e a rotatividade do pessoal vão se comportar de acordo com as expectativas.
Logo o prazo a ser fornecido para entregar o produto ao cliente deve levar em conta qualquer atraso que seja por qualquer item destes conjuntos.
O supervisor não deve pressionar a fazer algo além do ordinário cotidiano, a não ser que haja ensinamentos de novas metodologias, isto para ser alcançado requer sinergia do grupo em procura de novos processos produtivos que otimizem a relação hora/peça.
O supervisor ao constatar que muitos dedos apontam para um mesmo indivíduo, indicando-o como malfeitor, é possível que esse seja declarado o "bode expiatório" da vez.
De qualquer forma, quando não existe ensinamentos do caminho para ser adotado, pode-se ter certeza que ninguém vai aprender absolutamente nada e vai ser obtido o que sempre se obteve: Uma Baixa Produtividade.
Todos vão adotar as velhas fórmulas, sem se preocupar com a melhoria do processo. E se o processo não é aperfeiçoado, tudo conspira para que outras crises do mesmo naipe ocorram repetidas vezes, até que se esgote o estoque de "bodes" e a figura do Carrasco sempre vai existir.
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