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O que é Poka Yoke?

Postado por: Redação Indústria Hoje em 11 de junho de 2013


Você sabe o que é Poka Yoke? O nome pode parecer diferente, mas o Poka Yoke funciona como um ferramental nos processos industriais




Você sabe o que é Poka Yoke? O nome pode parecer diferente, mas o Poka Yoke funciona como um ferramental nos processos industriais que conta com diferentes aplicações e vantagens, porém, sempre voltados à ideia de prevenção de erros e, por consequência, a diminuição dos custos em uma linha de produção. Além disso, os preceitos do Poka Yoke não são novos, eles foram criados pelo japonês Shigeo Shingo para o Sistema Toyota de Produção durante a década de 1960.


Para funcionar, os conceitos de Poka Yoke devem ser usados do inicio ao final de um projeto e se baseia em dispositivos a prova de erros. Assim, quando os erros são identificados eles não se transformam em defeitos, e sim, as suas causas são eliminadas. O Poka Yoke torna-se econômico também porque uma empresa pode destinar menos investimento aos sistemas de avaliações e controles da qualidade. Ou seja, ao prever possíveis problemas que o produto pode ter, e antes mesmo dele sair para o mercado, é possível resolvê-los com mudanças no processo de fabricação.

Tipos de Poka Yoke em processos industriais

Existem duas maneiras de fazer uso do Poka Yoke: a de controle e de advertência. A de controle acontece quando a linha de produção para no momento em que a causa do erro é detectada. Já a de advertência emite um alarme ou sinalização para que os operadores possam tomar as devidas providências. Além disso, há também três tipos de Poka Yoke de controle: método de contato, método de conjunto e método de etapas.
O método de contato identifica os defeitos decorrentes da existência ou não de contato entre o dispositivo e alguma característica relacionada à forma ou dimensão do produto. Já o método de conjunto determina se certo número de atividades previstas é executado, enquanto o método de etapas averigua se os estágios ou operações estabelecidas pelo procedimento são seguidos.


Aplicações e exemplos práticos do uso do Poka Yoke


Existem muitas aplicações para ilustrar o que é o Poka Yoke na prática, desde implementações nos processos industriais bastante simples como mais complexas. Entre os exemplos de uso da Poka Yoke está o funcionamento da tomada de três pinos, onde não existe a possibilidade de invertê-la para utilizá-la, o que não permite ao usuário se machucar ou causar danos ao seu aparelho elétrico. O disquete também possui esse preceito, pois só entrava no computador na posição adequada.

Outro exemplo prático é a impossibilidade de remover a chave da ignição de um carro se a sua transmissão automática não estiver em “ponto morto”. Dessa forma, o condutor não corre o risco de sair do carro em condições inseguras. O check-list também é um processo baseado em Poka Yoke, pois uma embarcação, por exemplo, só vai zarpar depois que o comandante verificar todos os itens.

Na indústria, podemos exemplificar o uso do Poka Yoke na situação em que uma peça usinada vai receber um furo em formato de cilindro de altura igual a X cm e raio Y cm na etapa A do processo e após será tratada em uma etapa B. Usando o processo de Poka Yoke para evitar que a peça passe da etapa A para a B sem estar adequada, cria-se uma etapa intermediária, de verificação, para que se certifique de que o furo foi realizado.

Outra situação em que o Poka Yoke vai cumprir o seu objetivo de diminuir custos é quando uma embalagem com um produto deve conter um equipamento A, um manual B, um cabo de energia C e mais um kit de segurança D, onde o peso total é de 2,45 Kg. Para evitar a montagem de uma embalagem sem todos os itens necessários, o kit deve passar por uma balança antes de ir para a expedição.

Para a segurança o Poka Yoke também é muito útil, em especial, em indústrias que os operadores usam máquinas perigosas, como uma prensa. Uma maneira de evitar que o trabalhador perca a mão ou os dedos com um descuido é colocando na máquina um dispositivo que a faça ser acionada apenas utilizando as duas mãos.



Por Vivian Fiorio e Fábio Henrique