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Cimento portland – Determinação da expansibilidade de Lê Chatelier - NBR 11582 (1991)


OBJETIVOS
Determinar as expansibilidades a quente e a frio de pastas de cimento.

APARELHAGEM
- 6 agulhas de Le Chatelier com identificações individuais (figura 1).
- Espátula fina
- Placas de vidro quadradas de 5 cm de lado
- Régua milimetrada com divisão de 0,5 mm
- Óleo mineral
- Sala climatizada com temperatura entre 20 e 28 oC e umidade relativa do ar não inferior a 50%.

PROCEDIMENTO
- Verificar a flexibilidade de cada uma das 6 agulhas utilizadas no ensaio, sendo 3 destinadas ao ensaio à quente e 3 para o ensaio a frio. Para isso deve-se prender uma das hastes em uma pinça fixa, tão próximo quanto possível de sua ligação com o cilindro, de modo que a outra haste fique aproximadamente na horizontal. Pendura-se uma massa de 300 g no lugar em que a haste se destaca do molde. A extremidade da haste deve afastarse de 15 a 30 mm de sua posição inicial.

- Preparar uma pasta com 500 g de cimento e água necessária para a consistência normal.
- Colocar dada agulha apoiada sobre uma placa de vidro untada com fina camada de óleo mineral.
- Com auxílio de uma espátula fina preencher os 6 cilindros das agulhas com a pasta de cimento, rasar os topos e cobri-los com outras placas de vidro também untadas com óleo. Se necessário colocar um contrapeso sobre a placa de vidro para evitar que a agulha tombe em função do esforço de torção devido ao peso das hastes.
- Logo após a moldagem, cada conjunto (agulha, corpo-de-prova, placas de vidro e contrapeso) deve ser imerso em tanque de água potável, para cura inicial, mantida à temperatura entre 21 e 25 oC, durante 20 + 4 horas.

a) Ensaio a frio
- Terminado o período de cura inicial, retirar 3 conjuntos do tanque de imersão e remover as placas de vidro.
- Medir os afastamentos das extremidades das agulhas, em milímetros, com aproximação de 0,5 mm.
- Recolocar as agulhas de Le Chatelier de volta ao tanque de água para cura por mais 6 dias, em posição tal que as extremidades das hastes fiquem de fora da água.
- Após a totalização dos 7 dias de cura fazer nova medida em cada agulha.

b) Ensaio a quente
- Terminado o período de cura inicial, retirar 3 conjuntos do tanque de imersão e remover as placas de vidro.
- Colocar as agulhas em recipiente apropriado para ebulição de água, em posição tal que as extremidades das hastes fiquem de fora da água, contendo água com temperatura entre 21 e 25 oC.
- Medir os afastamentos das extremidades das agulhas, em milímetros, com aproximação de 0,5 mm.
- Iniciar o aquecimento progressivo da água de tal forma que a ebulição inicie entre 15 e 30 minutos.
- Medir os afastamentos das extremidades das agulhas após 3 horas de ebulição, sem que ocorra o resfriamento dos corpos-de-prova.
- Medir novamente os afastamentos das extremidades a cada 2 horas, até que não se verifiquem, em duas medições consecutivas, variações de afastamento das extremidades das hastes.

RESULTADOS
a) Expansibilidade a frio
A expansibilidade a frio é a diferença entre a medida realizada aos 7 dias e a medida realizada logo após terminado o período de cura inicial. Expressa-se como a média de 3 determinações.
b) Expansibilidade a quente
A expansibilidade a quente é a diferença entre a medida do último afastamento verificado e a medida realizada logo antes de iniciar o aquecimento da água. Expressa-se como a média de 3 determinações.

PRECAUÇÕES
As agulhas devem ser examinadas antes e após a retirada das placas de vidro, com o objetivo de verificar se nesta operação houve deslocamento do corpo-de-prova na fôrma. Se verificado deslocamento, o corpo-de-prova deve ser eliminado.

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