Requisitos quanto a granulometria para uma mistura (2)


Em uma granulometria de uma mistura é desejável que esta:
  • Tenha a menor área superficial, para que possa se ter a menor quantidade de água para molhar todos os sólidos;
  • Tenha o maior volume relativo ocupado por todos os sólidos;
  • A mistura seja trabalhável;
  • A mistura seja coesa;
  • O concreto não tenha tendência a segregação.
A segregação e a trabalhabilidade tendem a se opor mutuamente, como explica Adam Neville:
As partículas de menores tamanhos devem passar pelos vazios das maiores, ficando mais fácil que as partículas menores sejam expulsas para fora dos vazios.Isto ocorre com o agregado seco. Cita que a argamassa é que deve ser impedida de passar livremente para fora dos vazios do agregado graúdo.

Explicando diferente: Os vazios do agregado total (miúdo e graúdo) devem ser suficientemente pequenos para que seja impedida a passagem da pasta de cimento por entre estas partículas, para não fazer com que a pasta separe-se do agregado total.

Tudo funciona como um FILTRO, devendo-se evitar a segregação. Mas existe outro requisito para a mistura ser satisfatoriamente trabalhável, esta deve conter uma quantidade de material menor que a peneira 300. Deve-se incluir nesta o as partículas de cimento. Uma mistura sendo rica exige um menor teor de finos em relação a uma mistura rica em cimento.

Quando a granulometria de uma areia estiver deficiente em finos menores que na peneira 300, se houver um aumento da relação agregado miúdo/agregado graúdo poderá haver como um resultado uma mistura áspera.

Um concreto é denominado áspero quando existe excesso de uma fração de tamanho em uma determinada peneira, quando é desenhada na curva granulométrica se observa que se apresenta em uma VERTICAL.

Os teores de mínimos estão em diversas FAIXAS granulométricas padrões . Mas é necessário finos abaixo da peneira 125 que são os da tabela abaixo, segundo Adam Neville:

Tamanho máximo                         Volume absoluto de finos 
Do agregado (mm)                         (como fração do volume de concreto)
8                                                       0.165
16                                                     0.140
32                                                     0.125
63                                                     0.110
   
Eng. Ruy Serafim de Teixeira Guerra

  Bibliografia: Propriedades do concreto- Adam M. Neville e ET67- Públio Penna Rodrigues da ABCP



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