Para TERZIAN (2005) o excesso de alguns demoldantes pode provocar manchas e dificuldades de remoção das peças de concreto. Isso foi verificado nas empresas em questão, nas quais existia uma aplicação em excesso do desmoldante, sendo que o recomendado por todos os fabricantes é passar uma camada fina, ou seja, sem empoçamento.
Na prática, percebeu-se que a aplicação do desmoldante é feita em todos os casos com pulverizador do tipo costal (Figura 4.27), que possui teoricamente um bico que controla a sua aplicação. Entretanto, também, se percebeu nas empresas que responderam que tem problemas de lascas de concreto, que mesmo com um equipamento como o pulverizador costal, existe o problema de excesso de desmoldante.
Foi verificado no local que as dificuldades foram em informar e treinar os funcionários em relação à distância de aplicação entre a forma e o bico do pulverizador, a regulagem do bico para controlar a vazão. A falta de conscientização do funcionário em relação à executação de uma correção no caso de um possível excesso de desmoldante também foi um problema, ou seja, caso o desmoldante esteja em grande quantidade o funcionário poderia remove-lo da forma, inclusive aproveitando para aplicar em outros locais. A Figura 4.28 apresenta uma forma com excesso de desmoldante.
Figura 4.27 – Pulverizador do tipo costal para aplicação de desmoldante
Figura 4.28 – Excesso de desmoldante na forma
desmoldante: As empresas 2, 3, 7 e 13 utilizam óleo mineral refinado como desmoldante e, no entanto, somente as Empresas 3 e 7 não apresentaram problemas de lascas de concreto. A empresa 7 também utiliza óleo diesel como desmoldante e não apresentou problemas de lascas no concreto. Nas empresas 2 e 13 foi verificado no local que existe uma aplicação em excesso do desmoldante e, portanto, algumas partes da peça apresentaram lascas no momento de retirada das formas por provável acumulo do desmoldante.
A Empresa 1 utiliza eventualmente a cera desmoldante e quando isso ocorre, é verificado que não há problemas de lascas no concreto dessa empresa. As Empresas 4,5,6,8,9,10,11 e 12 utilizam óleo queimado e todas apresentam problemas de lascas no concreto.
O que foi percebido, também, no local foi que devido às características desse desmoldante, quais sejam: a presença de resíduo de óleo de motor e a maior viscosidade que os demais desmoldantes, existiu uma dificuldade de espalhamento do material na forma, sendo, também, comum o seu empoçamento em mais regiões, do que quando se usa desmoldantes com menor viscosidade. Na Figura 4.29 foi aparece uma peça de concreto com lascas.
Figura 4.29 – A quarta peça de baixo para cima apresenta lasca de concreto
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Minhas receitas caseiras para desmoldante: http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/05/desmoldantes-caseiros.html
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