1. FINALIDADE: A presente norma se aplica aos trabalhos sob ar comprimido em tubulões.
2. DEFINIÇÕES PRELIMINARES
2.1 – Encarregado de Produção: Funcionário da empreiteira com experiência comprovada em T. S. A.C., que será o responsável pela operação da (s) campânulas (s), bem corno dos demais serviços que envolvem o T.S.A.C., como canteiro,compressores e etc.
2.2 – Supervisor de Segurança do Trabalho: É o funcionário da empreiteira, devidamente habilitado e registrado no Ministério do Trabalho, através do DNSHT, responsável pelo comprimento por parte dos empregados de todas as medidas de segurança.
2.3 - Operador de campânula: É o funcionário responsável direto pelo controle do pessoal, que trabalha sob ar comprimido, devendo preencher a Ficha Individual Diária de Controle. Trabalha sob supervisão direta do Encarregado de Produção e do Supervisor de Segurança do Trabalho.
2.4 - Auxiliar de Campânula ("Cachimbeiro"): É o funcionário responsável pela entrada e retirada de materiais, bem como do espargimento de água sobre a campânula, sob orientação do operador de campânula.
2.5 – Crachá: É a identidade funcional do operário, na qual deverá constar, além dos dados habituais, que o funcionário está habilitado a trabalhos sob ar comprimido. Deverá constar na mesma a data da expedição com assinatura do médico responsável, bem como a data do vencimento.
2.6 – Placa de Identidade: É uma placa de alumínio, que deverá estar permanentemente junto ao corpo (pendurada no pescoço do operário), para caso de indisposição fora da obra, indicar a terceiros que o portador trabalha sob ar comprimido e onde deve ser medicado (Anexo1).
2.7 – Campânula de Serviços: É a campânula diretamente acoplada ao fuste do tubulão.
2.8 – Campânula de Segurança: É uma campânula acoplada a de serviço, que servirá exclusivamente para a compressão e descompressão de pessoas. É obrigatório seu uso sempre que o trabalho exigir pressões superiores a 0,8 kg/cm2 (12 psi).
2.9 – Câmara de Trabalho: É o local de trabalho compreendido pelo interior da campânula de serviço e do tubulão propriamente dito.
2.10 – Período de T.S.A.C.: É o intervalo de tempo compreendido entre o início da compressão; nos casos de exposições repetidas será a soma destes períodos.
3. – GENERALIDADES
3.1 – O Construtor avisará por escrito à Fiscalização relativamente a toda operação importante para a execução da obra. O aviso deverá ser dado com antecedência suficiente para que a Fiscalização possa tomar todas as providências que julgar necessárias para a inspeção.
3.2 – Todo trabalho sob ar comprimido (T.S.A.C.) será executado de acordo com as prescrições dadas a seguir, e qualquer modificação deverá ser aprovada pela Engenharia de Segurança da Obra. A pressão de ar no tubulão será de responsabilidade do Construtor, mas deverá ser aprovada pela Engenharia de Segurança previamente.
3.3 – O Construtor deverá assegurar a presença permanente, no local, de elemento com prática comprovada para a condução desses trabalhos, enquanto houver pessoas trabalhando sob ar comprimido (Encarregado de Produção) .
3.4 – Ao empregar qualquer pessoa para T.S.A.C., o Construtor deverá fornecer-lhe instruções, sob os riscos inerentes às atividades, bem como quanto às precauções a serem seguidas nesse tipo de trabalho (Portaria 3214 de 08-06-1978, do Ministério do Trabalho).
3.5 – Ninguém poderá ser empregado para T.S.A.C., se não tiver experiência anterior de trabalho comprovada e evidenciada nesse tipo de trabalho, a menos que fique sob controle de um supervisor de Segurança, e suas primeiras compressões não poderão ser feitas se não for acompanhado na campânula pelo Supervisor de Segurança, para instruí-lo quanto ao comportamento adequado.
3.6 – Todo funcionário que trabalhe em ar comprimido deverá receber do Construtor uma placa de identidade, conforme (ANEXO 1), para ser usada permanentemente junto ao corpo. Essa placa, destinada à orientações de terceiros no caso de o portador ser acometido de indisposição fora da obra, deverá indicar que este trabalha em ar comprimido, e dar informações atualizadas da localização da eclusa médica mais próxima ao local de trabalho.
3.7 – Não é permitido em T.S.A.C. fumar, nem ingerir bebidas gasosas, nem alcoólicas.
3.8 – Todo operário trabalhando em T.S.A.C. deverá estar provido dos equipamentos de segurança usuais (Capacete, botas, luvas, etc.). No caso de trabalhar no tubulão (fuste ou base), deverá usar cinto de segurança tipo paraquedas preso a uma corda para seu içamento em caso de acidente.
3.9 – Será obrigatória a apresentação de curriculum (experiência comprovada); a ser submetido à Fiscalização de segurança do Trabalho, dos seguintes elementos :
· Encarregado de Produção;
· Técnico de Segurança do Trabalho;
· Enfermeiro (vide 7.2.1.);
· Médico (vide 7.2.1.);
· Engenheiro de Campo.
4. – Instalação de Canteiro (ANEXO 2)
4.1 – Quanto a escritórios, sanitários, vestiários e ambulatórios deverão ser seguidas as especificações de serviços exigidas pelo Ministério do Trabalho.
4.2 - As instalações para trabalhos sob ar comprimido (T.S.A.C.) deverão obedecer as seguintes especificações :
4.2.1 Isolamento das áreas de trabalho, compressores, filtros e demais instalações por tapumes fixos ou móveis; devidamente sinalizados.
4.2.2 Proteção e isolamento adequado (com valas ou dutos) de todas as tubulações e fiações.
4.2.3 Deverão se utilizados, pulmões de acumulação de ar, gerador de emergência, filtros de carvão ativado para retenção de gases tóxicos e filtros para retenção de partículas líquidas (águas, óleos, etc.), resfriadores de ar, (ANEXO 3), painéis de controle: vazão, temperatura e pressão de ar e compressor de reserva. No anexo 2 esquema de instalação genérica de T.S.A.C. e no anexo 3 de resfriador de ar.
4.2.3.1 No caso de serem usados compressores a óleo a saída dos gases do escapamento deverá ficar no mínimo a 3,00 m acima das respectivas tomadas de ar.
4.2.4 Implantar um sistema de comunicação, através de telefonia, rádio-telefonia, celular ou similar, previamente aprovado e testada a eficiência pela Engenharia de Segurança da Obra, entre :
a) Painel de controle, campânula de serviço e campânula de segurança;
b) Painel de controle e ambulatório.
4.2.5 É obrigatório que o ambulatório possua telefone direto com a rede pública.
4.2.6 Montar uma plataforma lateral elevada e uma escada de acesso adequada tipo marinheiro para operações de sistema, servindo para entrada e saída de pessoal.
4.2.7 A(s) campânulas(s) deverá(ão) ter um visor junto ao painel de controle para observação dos ocupantes.
4.2.8 Painel de controle deverá conter:
a) Instrumentos de controle de pressão.
a.1) Compostos de 2 manômetros para cada ambiente pressurizados: campânula de segurança e de serviço.
a.2) Válvulas de controles manuais das pressões para cada ambiente.
a.3) Equipamento de controle automático da pressão no tubulão, com a chave seletora de pressão.
a.4) Chave conversora dos controles manual e automático para o tubulão.
a.5) Válvula para controle de pressão, para cada ambiente pressurizado.
b) Instrumentos de controle de tempo.
b.1) Relógio para cada campânula.
b.2) Cronômetro para cada campânula.
c) Instrumentos para comunicação.
c.1) Ver item 4.2.4. da Norma
c.2) telefone para comunicação com a central de ar comprimido, supervisão e ambulatório.
d) Instrumentos para controle e renovação do ar.
d.1) Válvulas para controle de renovação do ar.
d.2) Medidor de vazão.
e) Ver item 4.2.9
f) Ver item 4.2.16
4.2.9 Instalação de um sistema de alarme sonoro e válvula automática de segurança em caso da pressão atingir o limite de segurança (2,5 kg/cm2).
4.2.10 As campânulas deverão ser pintadas com tinta refletiva, e deverá ser previsto um espargimento de água sobre as mesmas, e também sobre o pulmão de acumulação de ar.
4.2.11 As instalações para equipamentos elétricos utilizados no tubulão deverão operar com voltagem não superior a 110 volts e convenientemente aterrados e protegidos contra curto-circuitos ou golpes mecânicos.
4.2.12 A iluminação interna será feita em 12 volts com lâmpadas protegidas contra explosões, através de dois circuitos independentes, sendo um de reserva, alimentado por bateria ou gerador de reserva.
4.2.13 Os cabos de aço de suspensão deverão ser dimensionados adequadamente não devendo ter emendas e serão substituídos quando apresentarem, em um trecho de 0,50 m de comprimento, mais de 10% de fios partidos.
4.2.14 Os cabos de suspensão deverão ter comprimento suficiente para que haja, em qualquer posição de trabalho, um mínimo de 4 voltas enroladas no tambor do guincho.
4.2.15 As roldanas utilizadas deverão ter dispositivos que impeça o escape do cabo.
4.2.16 Cada campânula terá seus sistemas próprios de controle de segurança e de operação independentes. Os dispositivos de controle e operação deverão ser dispostos externamente, de modo que só possam ser acionados pelo operador da campânula. Tais dispositivos deverão existir internamente, porém serão utilizados somente em emergências e normalmente conservados selados ou protegidos, de maneira a dificultar o seu uso inoportuno.
4.2.17 Os trabalhos somente poderão ser iniciados após a aprovação, pela Engenharia de Segurança pela fiscalização, da análise do projeto e dimensionamento das instalações, equipes, turnos de trabalho e equipamentos para T.S.A.C.
5. – OPERAÇÃO
5.1 Instalação e Montagem da Campânula
5.1.1 Estanqueidade das juntas: O Construtor deverá assegurar a estanqueidade das juntas. A critério da fiscalização serão executados testes com espuma para a respectiva verificação.
5.1.2 Estabilidade estrutural: As campânulas e suas juntas deverão estar dimensionadas de sorte a garantir sua estabilidade.
5.1.3 Aferição dos instrumentos de medida: Medidores de pressão devem ser testados diariamente com uso de peso aferidor ou presença ou outro qualquer método aprovado pela Engenharia de Segurança e em presença da mesma. Para todos os instrumentos de medida a serem usados nestes serviços é obrigatória a aferição periódica por órgão oficial – INPM – Instituto Nacional de Pesos e Medidas, com emissão do respectivo laudo com prazo de validade a ser definido pela Fiscalização.
5.2 Escavação sob ar comprimido
5.2.1 O trabalho sob ar comprimido (T.S.A.C.) far-se á sob a supervisão de um encarregado de produção , que prescreverá ao operador de campânula o “modus operandi” da mesma, quanto a :
Ø Controle de pressão;
Ø Tabelas de compressão e descompressão;
Ø Temperatura;
Ø Renovação do ar;
Ø Apontamento de horas/homem trabalhadas.
5.2.2 O auxiliar de campânula (“cachimbeiro”) cuidará da retirada e entrada de materiais, bem como do espargimento de água sobre a campânula, sob orientação do operador de campânula.
5.2.3 Operação das campânulas (ANEXOS 4, 5 e 6)
Procedimentos
I- Para operação normal após pressurização
a) Manter sempre fechada a porta 02
b) Manter sempre aberta a porta 01
II- Para operação de troca de turno
a) Entrada de pessoal pela porta 01
b) Fechar a porta 01
c) Igualar pressões das campânulas 01 e 02
d) Abrir a porta 02
e) Pessoal da campânula 02 passa para 01 e vice-versa
f) Fechar a porta 02
g) Descomprimir na campânula 01 o pessoal que estava na 02
h) Abrir a porta 01 e mantendo fechada a porta 02
III- Em caso de acidentes na câmara de trabalho
III.1 - Campânula simples (material e pessoal)
III.1.1 – Fase de compressão: estabilizar a pressão, chamar o enfermeiro, descomprimir se necessário (decisão do enfermeiro), conforme tabela própria.
III.1.2 – durante a operação
a)Acidente na campânula: chamar o enfermeiro.
Este ou o médico deverá decidir a necessidade ou não de descompressão. Nos casos de pequenas e média gravidade, o tempo de descompressão será de 3 minutos. Nos casos de máxima gravidade, a decisão quanto ao tempo de descompressão caberá ao médico. Em todos os casos , o trabalhador do fuste deverá subir à campânula e ser descomprimido junto ao acidentado.
b)Acidente no fuste e base: chamar o enfermeiro.
Nos casos de pequena e média gravidade de verá ser feito içamento do
acidentado para a campânula e a descompressão será feita em 3 minutos. Nos casos de máxima gravidade o médico decidirá quanto a forma de içamento e ao tempo de descompressão.
III.1.3 – fase de descompressão: chamar o enfermeiro. Nos casos de pequena e média gravidade a descompressão deverá ser prosseguida. Nos de máxima gravidade o procedimento a adotar será de responsabilidade do médico.
III.2 - Campânulas Acopladas
CAMPÂNULA DUPLA ACOPLADA
III.2.1 – Campânula de segurança vazia: o enfermeiro deverá ser chamado, entrar no tubulão pela campânula de segurança e ser comprimido até que a pressão nas duas campânulas sejam igualadas. Deverá então passar para a Campânula de serviço e atender o funcionário acidentado. Quando houver necessidade de remoção, o trabalhador acidentado deverá ser levado para a campânula de segurança e descomprimido conforme a gravidade das lesões e segundo decisão médica.
Se o acidente ocorrer no fuste oo base a vítima deverá ser içada pelo enfermeiro com auxílio da maca de salvamento.
III.2.2 – Campânula de segurança ocupada
a) Fase de compressão: chamar o enfermeiro.
Terminar a compressão até igualar as pressões nas duas campânulas.Os trabalhadores deverão passar para a campânula de serviço.A campânula de segurança deverá der descomprimida e então procede-se como no item III.2.1
b) Fase de descompressão:
b.1)Se faltarem 5 minutos ou menos para terminar a descompressão,esta deverá ser prosseguida ; ao término desta procede-se como o item III.2.1
b.2) Se faltarem mais de 5 minutos para o final da descompressão,deverá haver a recompressão da turma , que então passará para a campânula de serviço.A campânula de segurança deverá ser descomprimida e então procede-se como no item III.2.1
Nota Importante: Os procedimentos do item III poderão ser modificados a critério e responsabilidade exclusiva do médico.
5.2.4 Quanto à escavação da base , deverão ser tomados cuidados especiais, tais como:
Ø Escoramentos localizados;
Ø Revestimentos com calda de cimento ou pintura;
Ø Escoramento da ponta do fuste (faca).
5.3 Armação,concretagem e escoramento da base
5.3.1- Todos os materiais deverão der descidos amarrados adequadamente,e por intermédio de guincho interno da campânula
5.4 Remoção das campânulas :Será feita a remoção das campânulas,utilizando equipamentos e métodos adequados sob supervisão do encarregado de produção.
6 Diversos
6.1 – As campânulas de segurança serão utilizadas exclusivamente para compressão e descompressão de pessoas e não para passagem de equipamentos ou materiais,devendo ser mantidas limpas.
6.2 –Em cada campânula , e em qualquer outro lugar indicado pela fiscalização, deverá ser afixado um aviso ,em posição bem visível, indicando as precauções que deverão ser obedecidas pelos trabalhadores durante sua compressão ou descompressão e depois desta.
6.3 – Enquanto houver qualquer pessoa no interior da campânula deverá haver um encarregado responsável e competente encarregado de produção que coordenará as manobras de compressão dessa campânula.
6.4 – Durante todo o tempo em que houver pessoas em T.S.A.C. deverá estar presente no local , representando o construtor o supervisor de segurança do trabalho, familiarizando com este tipo de trabalho e investido de autoridade para exigir o cumprimento, por parte dos empregados de todas as medidas de segurança preconizadas pela presente norma.
6.5 – O operador de campânula ficará de posse dos “crachas” dos operários, enquanto eles estiverem sob ar comprimido e deverá preencher a ficha Individual Diária de Controle duas vias conforme modelo (anexo 7). No caso do operário mudar de tubulão no mesmo dia, sua ficha individual diária de controle deverá ser entregue ao operador de campânula do outro tubulão. No final da jornada a 2ª via da referida ficha será entregue à fiscalização do metrô.
6.6- Quando uma pessoa tiver de se submeter ao ar comprimido por mais de uma vez na mesma jornada de trabalho, sem que tenha permanecido ao ar livre pelo menos 12 horas, o supervisor de segurança de trabalho será responsável pelo estabelecimento dos procedimentos de descompressão aplicáveis a exposições repetitivas, conforme as tabelas próprias.
6.7 – Enquanto qualquer pessoa estiver no tubulão sob ar comprimido, a tampa entre o tubulão e a campânula de serviço deverá permanecer aberta.
6.8 – Só serão permitidos trabalhos em T.S.A.C. com um mínimo de dois operários, por tubulão, permanecendo um deles, obrigatoriamente na campânula de serviço.
6.9 – O ar injetado no tubulão deverá ser filtrado e resfriado e sua renovação deverá ser contínua na base da escavação a razão de 50 m3 por hora por homem, no mínimo.
6.10 – Ninguém poderá trabalhar ou permanecer em qualquer parte do tubulão ou campânulas sob pressão, onde a temperatura de bulbo úmido exceda 27°c. Um termômetro de bulbo úmido em perfeitas condições de uso, deverá ser mantido em cada campânula em local visível pelo operador da campânula.
6.11 – O ar no interior da câmara de trabalho deve ser analisado pelo menos diarimente, com relação à presença de gases tóxicos, e os resultados serem anotados na Ficha Individual Diária de Controle.
6.11.1 – Verificada a presença de gases tóxicos em concentrações superiores aos limites da tabela própria(anexo 8), o trabalho deverá ser interrompido e o pessoal retirado conforme regras de descompressão.
6.12- Nas campânulas de serviço deverá existir uma caixa de primeiros socorros contendo materiais para pequenos curativos.
6.13 – Nos tubulões deverão existir baldes e sacos plásticos de 10 litros para deposições dos objetos.Logo após a utilização dos mesmos, os sacos deverão ser fechados e colocados fora do tubulão pelo cachimbo.
7- Medicina
7.1-Considerações Gerais
7.1.1- Em cada canteiro deverá haver um ambulatório que será dimensionado de acordo com o artigo 2º do Decreto Federal n°9.974, de 06.02.70,título VIII,artigos 104 a 132 , no que se refere as normas de promoção e recuperação da saúde no campo de competência da secretária do Estado da Saúde.
7.1.2 –Em cada canteiro deverá haver pelo menos uma caixa de primeiros socorros,portátil,sempre completa e macas :uma para salvamento (tipo “camila”),com dimensões tais que possa ser manejada no interior dos tubulões e campânulas, e uma para transporte,colocadas em local sempre acessível.
7.1.3 – A caixa de primeiros socorros deverá conter ,no mínimo ,medicamentos para emergências e materiais para curativos.
7.1.4 – Nos casos em que se fizer necessária a remoção de doentes ou acidentados do canteiro, caberá ao construtor fazê-la com urgência que o caso exigir,utilizando os meios adequados,por sua conta e risco.
7.2 – Supervisão Médica
7.2.1- O construtor obriga-se a manter no canteiro ,as suas expensas e durante todo o tempo de T.S.A.C , médico e enfermeiro habilitado,cuja indicação será referendada a priori pela C.M.S.P.,deverá obrigatoriamente ser aprovada no exame pré-admissional,
constando de Exame Clínico Geral, Cardiológico, Otorrinolaringológico,Neurológico completos, Hemograma, Parasitológico de fezes,Reação Sorológica para sífilis,Ma-chado Guerreiro,RX do tórax,RX do seios maxilares e frontal,RX das articulações escapulo-umerais e coxo-femurais,mais prova de eclusa.Não serão admitidos indivíduos menores de 18 anos e maiores de 45 anos e não podem ser obesos.
7.2.3- Toda pessoa que trabalhar em ar comprimido deverá ter uma ficha médica,na qual o médico habilitado deverá registrar os pormenores relativos aos atestados previstos nesta especificação.A ficha será conservada pelo construtor no canteiro e a disposição da fiscalização.
7.2.4- Quando estiver em andamento trabalho sob ar comprimido,todos os principais hospitais da grande S.Paulo deverão ser notificados pelo construtor,dando-se-lhes a localização do trabalho e o nome e endereço do médico designado para o atendimento do pessoal.O médico habilitado deverá acertar previamente com os hospitais o procedimento a ser seguido em caso de doença , que se manifeste após a saída do trabalho,para que a pessoa afetada possa ser imediatamente enviada à eclusão médica a ser indicada pela Cia do Metrô.
7.2.5- Ninguém poderá ser empregado em T.S.A.C. antes de ter sido examinado pelo médico, devendo este atestar , na ficha médica do funcionário que o mesmo está apto para esse trabalho.
7.2.6- O atestado de aptidão terá validade por seis meses a contar da data de sua expedição , conforme preceitua a legislação vigente.Em caso de ausência do trabalho por 10(dez) dias ou mais ,ou por doença,o funcionário deverá ser aprovado em exame clínico de revisão.
7.2.7- O candidato considerado inapto para o T.S.A.C. não poderá ser empregado para esta função enquanto o atestado anterior não for anulado ou modificado.
7.2.8- Antes do início de cada jornada de trabalho no T.S.A.C. todos serão submetidos a uma inspeção pelo enfermeiro habilitado.
7.2.9- Se uma pessoa indicada para T.S.A.C. estiver padecendo de indisposições que a levem a suspeitar ser-lhe inconveniente esse tipo de trabalho, deverá informar o encarregado dos trabalhos e o médico habilitado.Essa pessoa não poderá trabalhar em ar comprimido, enquanto não for examinada pelo médico , devendo então este,atestar na respectiva ficha médica se essa pessoa pode ou não voltar ao trabalho em ar comprimido.
7.2.10- Após examinar ou reexaminar qualquer pessoa que tenha trabalho ou vá trabalhar em ar comprimido, o médico poderá modificar ou revogar qualquer atestado,em vigor quanto às condições de trabalho dessa pessoa, devendo registrar tais alterações na respectiva ficha médica.Se a alteração consistir na revogação da autorização para T.S.A.C. , essa pessoa não poderá voltar a esse tipo de trabalho enquanto não for novamente autorizado pelo médico , que deverá registrar essa autorização na respectiva ficha médica.
7.2.11- O construtor apresentará mensalmente à fiscalização, um lista de todo os empregados examinados pelo médico ,(exame de aptidão para T.S.A.C .).Nessa lista deverão ser incluídos os engenheiros,e outros técnicos do construtor e da própria fiscalização.Somente pessoas cujos nomes constem dessa lista , ou que tenham autorização específica do departamento médico poderão ser admitidos nas campânulas. Além diso o construtor deverá apresentar mensalmente uma relação de tratamento por recompressões realizadas na eclusa médica,indicando diagnóstico e tabela empregada,juntamente com a relação de todo pessoal que foi submetido à recompressão.
8- Regras para a Compressão
8.1- No primeiro minuto após o início da compressão, a pressão não poderá ser maior que 0,3 kg/cm2 (4 psi)
8.2- A pressão será mantida a 0,3 kg/cm2 (4 psi),durante 1(um) minuto,para verificar se algum trabalhador está se sentindo mal.
8.3- Após o estágio anterior a pressão deverá ser elevada uniformemente a uma velocidade não superior a 0,7 kg/cm2 , por minuto (10 psi/min).
8.4- Se a pressãode trabalho for maior do que 0,5 kg/cm2 (7 psi),a compressão será aí estacionada durante 1 (um) minuto,para verificar se algum trabalhador está se sentindo mal.
8.5- Se alguém sentir mal-estar durante a compressão, deverá avisar imediatamente o operador da campânula,o qual estacionará a pressão até que o mal-estar ceda ; se após cinco minutos tais sintomas não desaparecerem , o operador da campânula reduzirá gradualmente a pressão até que a pessoa avise , que seu mal-estar passou.Se o mesmo persistir , a pressão deverá ser reduzida até à atmosférica e a pessoa será retirada da campânula e encaminhada ao ambulatório médico.
9- Regras para a Descompressão
9.1- Na descompressão de trabalhadores expostos a pressão de 0,0 a 3,4 kg/cm2 durante um turno de trabalho num período de 24 horas, serão obedecidas as tabelas constantes da norma regulamentadora n°15 - anexo 6 da portaria n°3214 do Ministério do Trabalho, de acordo com as seguintes regras:
a)Sempre que duas ou mais pessoas estiverem sendo descomprimidas na mesma campânula e seus períodos de trabalho ou pressão de trabalho não forem coincidentes,a descompressão processar-se-à de acordo com o maior período ou maior pressão de trabalho experimentada pelos trabalhadores envolvidos.
b)A pressão será reduzida a uma velocidade não superior a 0,4 kg/cm2 por minuto até o primeiro estágio de descompressão,de acordo com a tabela ; mantida a campânula naquela pressão pelo tempo indicado em minutos, e depois diminuída a pressão à mesma velocidade anterior até o próximo estágio e assim por diante ,para cada cinco minutos de parada a campânula deverá ser ventilada à razão de um minuto.
9.2- Entre dois períodos de trabalho , deverá haver um tempo de repouso ao ar livre de no mínimo 12 (doze) horas consecutivas não sendo permitido ,salvo em condições especiais e sob responsabilidade do médico responsável, o trabalho sob ar comprimido em dois ou mais turnos num período de 24 horas.
0- Para o tratamento de caso de doença descompressiva ou embolia traumática pelo ar , deverão ser empregadas as tabelas de tratamento de VAN DER AUFER e as de WOPKMAN E GOODMAN , constantes da norma regulamentadora n° 15 – anexo 6 da portaria n° 3214/78 do ministério do trabalho.
ADENDO PARA TRABALHOS EM TUBULÃO A CÉU ABERTO
a) Posicionamento e travamento da camisa
a.1) Camisa de concreto: Deverá estar permanentemente travada a fim de evitar seu tombamento , e escorada na “faca” a fim de evitar sua movimentação vertical brusca .
a.2) Camisa de aço : O posicionamento deverá ser feito com guindaste de capacidade apropriada , devidamente “patolado”, e orientado por pessoa habilitada.
b) Cravação do fuste , inclusive escavação
b.1) Camisa de concreto : A escavação deverá ser manual , tomando-se os cuidados necessários quando do descalçamento e movimentação vertical da camisa.
b.2) Camisa de aço : Sempre que possível a escavação deverá ser mecânica.
OBS:Em ambos os casos , sendo a escavação manual , a céu aberto ,o(s) operário(s) que trablha(m) no fundo da escavação , além dos equipamentos de segurança usuais (capacete , botas , luvas ,etc) , deverá(ão) usar cinto de segurança preso a uma corda que será usada para o içamento do(s) operário(s) em caso de emergência (desbarranamento e ocorrência de gases).
c) Escavação da base: Deverão ser tomados os mesmos cuidados que em T.S.A.C. (vide item 5.2.4).
d) Armação e concretagem
d.1) O vibradorista deverá estar provido de cinto e corda de segurança , além dos equipamentos de segurança usuais (capacete,bota,luva,etc).
d.2)Deverão ser tomados cuidados especiais para evitar a queda de materiais e equipamentos sobre os operários que trabalham baixo.
e) Corte de camisa na cota de arrazamento
e.1)Camisa metálica:O corte com oxiacetileno deverá ser cercado de todas as precauções habituais , além do maçariqueiro dispor de equipamentos de proteção contra gases e queimaduras.
e.2) Camisa de concreto : O corte será feito de maneira a não danificar a estrutura remanescente , o operário deverá dispor de equipamentos de segurança compatíveis com a operação:proteção dos olhos,cabeça membros.
O corte da armadura será feito com as mesmas exigências feitas no item e1.
MODELO DA PLACA DE IDENTIDADE PARA TRABALHO EM
AMBIENTE SOB PRESSÃO
VERSO
Tubulão a Ar Comprimido
Controle de Processo
Verificações e avaliações dos serviços para tubulões com camisa de concreto
Número do item
Item de verificação
Avaliação dos serviços
colocar, com base na locação topográfica, uma forma circular, de madeira, menor que o diâmetro do fuste, em volta da qual deve ser iniciada a armação da ferragem do tubulão, este trecho do fuste denomina-se câmara de trabalho, devendo Ter diâmetro conforme indicado na tabela 3, ou em função do especificado em projeto, sua altura deve ser de 2,00 m ± 1,0 cm.
diâmetro da forma circular
concluir a armação
armação
conferir com projeto e certificar-se da última edição
aprumar a forma externa, usando-se pranchas de madeiras escoradas contra o terreno ou contra estrutura executada para tal fim
prumo vertical
Zerado
lançar o concreto e adensar, através de vibradores de imersão acionado por motor elétrico
adensamento
uso de vibradores de imersão diâmetro 40 mm ou 60 mm
ausência de perda de água
após a campânula montada, pressuriza-la através de ar comprimido conforme esquema indicado na figura 2, mantendo-se a pressão de trabalho condizente com a necessidade
pressão inicial de equilíbrio e de trabalho
garantir o equilíbrio
proceder aos trabalhos de escavação, em trechos de 1,00 m de cada vez, visando assegurar a sua verticalidade, escorando-se a camisa contra o terreno ou quadro, e acompanhando-se a descida através de prumos de face, sen do que eventuais desvios devem ser corrigidos usando-se cunhas de madeiras ou macacos mecânicos
Prumo
continuidade
máximo de 1,5 % do
comprimento da camisa
até atingir comprimento de projeto
7.4 Verificações complementares
Rede de ar comprimido
inspecionar a instalação
Verificações e avaliações dos serviços para tubulões com camisa de aço
=> iniciar o serviço de limpeza interna da camisa, através de piteira ou hammer-grab
superfície interna das camisas
Limpeza
=> após a campânula montada, pressuriza-la através de ar comprimido conforme esquema indicado na figura 2, mantendo-se a pressão de trabalho condizente com a necessidade
pressão inicial de equilíbrio e de trabalho
garantir o equilíbrio
=> proceder aos trabalhos de escavação, em trechos de 1,00 m de cada vez, visando assegurar a sua verticalidade, escorando-se a camisa contra o terreno ou quadro, e acompanhando-se a descida através de prumos de face, sen do que eventuais desvios devem ser corrigidos usando-se cunhas de madeiras ou macacos mecânicos
prumo
continuidade
máximo de 1,5 % do
comprimento da camisa
até atingir comprimento de projeto
Verificações complementares
Rede de ar comprimido
inspecionar a instalação
a) planta de locação dos tubulões;
b) projeto de forma e armação dos tubulões;
c) cotas de assentamento e arrasamento dos tubulões;
d) boletins de controle da execução[5];
e) diário de obras para anotações das mudanças de cotas com relação ao projeto em função das características do terreno visitado “in loco”
Verificar a existência na obra do Boletins de controle de execução, constando:
a) data de cada etapa de concretagem e escavação;
b) identificação do tubulão;
c) nível d’água;
d) cotas reais de assentamento e arrasamento;
e) classificação dos materiais ao longo das escavações; segundo NBR 6484 e 7250; e
g) dimensões reais de escavação da base
Segurança
Verificar a efetiva utilização de EPI’s pela equipe:
Capacetes de segurança
Luvas
Óculos de segurança (1)
Botas de segurança
Protetores auriculares
Auditar quando houver serviços de solda
4.9.4 Equipamentos
Verificar a existência dos equipamentos e ferramentas listados a seguir, conferidos em função do dimensionamento Quantitativo face produção e tipo de revestimento da camisa
Câmara de trabalho com altura de 2,00m ± 1,0 cm (3)
Campânula hospital
Campânulas
Compressores de ar diesel ou elétrico
Filtros de carvão ativado
Filtros de lã de carneiro
Furadeira manual elétrica (1)
Grupo gerador diesel ou energia elétrica
Guinchos elétricos (1)
Guindaste (2)
Jogos de forma externa (3)
Jogos de fuste (3)
Mangotes vibradores Æ 45 mm
Mangotes vibradores Æ 60 mm
Máquina de cortar ferro (1)
Máquina de solda e conjunto oxicorte (2)
Marteletes rompedores pneumáticos (1)
Marteletes rotativos pneumáticos (1)
Martelo de impacto ou vibratório ou entubadora (2)
Mesa de serra circular (1)
Moto esmeril (1)
Moto- vibradores elétricos
Piteira ou hamer grab
Rede de ar comprimido com acessórios
Reservatório de ar comprimido
Reservatório de óleo diesel (1)
Resfriadores
Veículo leve (1)
(1)opcional em função da obra e condições
(2)utilizados apenas em tubulões com camisa de aço
(1)utilizados apenas m tubulões com camisa de concreto
Ä Verificar o atendimento do equipamento às especificações constantes listados a seguir e em conformidade com os itens:
Câmara de trabalho com altura de 2,00 m ± 1,0 cm
Mangotes vibradores com f 45 mm e f 60 mm
Quantificação e Qualificação das Equipes
Verificar o atendimento(1) à composição quantitativa da equipe por campânula – através da relação de nomes e funções dos funcionários, em atividades na obra.
Engenheiro de obra
Administrativo de obra
Mestre de obra
Apropriador
Encarregados
Carpinteiros
Armadores
Operadores de compressor
Capatazes de obra
Trabalhadores de ar comprimido ou TAC
Serventes de fundação
Serventes gerais
(1) Através de uma lista disponível na obra / crachás / cartão de ponto etc.
Equipamentos
Quantificação e Qualificação das Equipes
Descrição
Evidências / Observações
Armazenamento:
Cimento:
- Local coberto;
- Sobre piso forrado ou estrado;
- Protegido da umidade.
Aço:
- Separados por bitolas;
- Afastados do solo e sem contato com terra.
Materiais:
Cimento;
Aço;
1-O número de compressores pode ser aumentado, em função da permeabilidade do terreno escavado.
2- A seqüência concretagem/escavação/concretagem deve ser repetida até ser atingido o comprimento previsto em projeto ou determinado pela inspeção do terreno.
3-O número de compressores pode ser aumentado, em função da permeabilidade do terreno escavado.
4-A seqüência concretagem/escavação/concretagem deve ser repetida até ser atingido o comprimento previsto em projeto ou determinado pela inspeção do terreno.
5-No final da execução do tubulão a ar comprimido, devem ser fornecidos ao cliente os boletins de controle da execução.
6-Não necessariamente fixo.
7-Somente para tubulões com camisa de concreto
8-Estas funções podem ser acumuladas
https://sites.google.com/site/langeotecniaefundacao/contato/produtos
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