Os plastificantes (e menos comumente plastificadores) são aditivos que suavizam os materiais (normalmente misturas de plástico e cargas inorgânicas) aos quais são adicionados. Ainda que se usem os mesmos compostos para plásticos que para concretos, os efeitos são ligeiramente diferentes. Os plastificantes para plásticos suavizam o produto final incrementando sua flexibilidade. Os plastificantes para concreto suavizam a mistura antes que cure, fazendo-o mais trabalhável sem afetar às propriedades finais do produto uma vez endurecido.
Plastificantes para concreto
Os superplastificadores, também chamados de superfluidificantes são aditivos químicos que podem ser aicionados à misturas de concreto para fazê-las mais trabalháveis. A resistência final do concreto é inversamente proporcional à quantidade de água adicionada, chamada "razão água-cimento". Se se busca produzir um concreto mais mais forte se adiciona menos água à mistura, o que a faz menos trabalhável, sendo necessário o uso de plastificantes ou superplastificantes.
Os superplastifintes se usam também como aditivo da mistura de cinza pozolânica com concreto para aumentar sua resistência. Esta proporção de mistura é muito popular na produção de concreto de grande resitência ou de fibras reforçadas.
Normalmente é suficiente adicionar uns 2% de superplastificante por unidade de peso de cimento. Não obstante, note-se que a maioria dos superplastificantes disponíveis no mercado vêm dissolvidos em água, de modo que a áua adicionada complementarmente deve levar em conta na proporção. Adicionar demasiada quantidade de superplastificante pode resultar em uma segregação excessiva do concreto, algo que não é aconselhável. Alguns estudos também mostram que demasiado superplastificante pode aumentar o tempo de cura do concreto.
Os plastificantes pódem ser obtidos a partir de lignosulfonatos, um produto intermediário da indústria papeleira. Alternativamente, os superplastificantes geralmente procedem de naftalenoformaldeído sulfonado ou de melamina formaldeído sulfonado, se bem que existe uma nova geração de superplastificantes desenvolvidos a partir de éteres policarboxílicos.
Os plastificantes tradicionais a base de lignosulfatos e os superplastificanetes a base de naftaleno e melamina dispersam as partículas de cimento floculadas mediante um mecanismo de repulsão eletrostática (ver-se colóide). Nos plastificantes normais, as substâncias ativas são adsorvidas sobre as partículas de cimento carregândo-as negativamente, o que provoca a repulsão entre elas ao ter cargas do mesmo signo.
Nos superplastificantes de naftaleno e de melamina, que são polímeros orgânicos, as moléculas grandes "abraçam" às partículas de cimento, dando-lhes uma carga altamente negativa que provoca uma grande repulsão entre elas.
Os éteres policarboxílicos, base da nova geração de superplastificantes (terceira geração), não são só quimicamente diferentes dos produtos baseados em melamina e naftaleno sulfonados, senão que seu mecanismo de ação é também diferente, provocando a dispersão do cimento por estabilização estérica em lugar de por repulsão eletrostática. Esta forma de dispersão é mais potente e melhora a mistura. Ademais, a estrutura química dos éteres policarboxílicos permite um maior grau de modificação química, podendo assim adaptar a mistura às necessidades do trabalho específico a realizar.
Na Antiguidade, os romanos usaram sangue como superplastificante em suas misturas de concreto.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
0 Comments:
Postar um comentário