Autor: Djalma Santos Rodrigues Novais
Concresev
Rod. Anhanguera, saida 16, Km 15 x Av. Mutinga, 4.590 05110-0 - Jaguara - São Paulo - SP concreserv@concreserv.com.br w.concreserv.com.br
1) O piso de concreto
é definido a partir da sua utilização final nos seguintes itens: acabamento,
resistências, espessura, tipo do concreto, tipo de estrutura, processo de
concretagem e acabamento. As definições das características de um piso devem
ser objeto de estudo e projeto específico.
2) O Cliente deve
conhecer o solo, ou contratar estudo para saber sua capacidade, sem chute, para
ser ou ter a fundação homogêneamente adequada às solicitações propostas ao
piso.
3) A sub-base do piso
deve ter: planicidade, nivelamento, espessura e compactação suficiente á carga
aplicada ao piso.
4) As instalações de
água, energia elétrica e esgoto, devem ser instaladas antes da sub-base.
5) Em solo passível
de inundação ou afundamentos, após compactação da base e antes do encerramento
do aplanamento, devera ser construído sistema de drenagem do solo e do piso em
canais e capa preenchida com brita encapsulada com bidim.
6) Nos solos
resistentes que não necessitam de drenagem, proceder agulhamento de brita e aplanamento com placa vibratória.
7) Para isolamento e
redução de fricção no trabalho (dilatação, expansão e contração) do piso de
concreto estender lona plástica em camada dupla.
8) Nos pisos aderidos
sobre piso existente, construir ponte de aderência com fresamento mecânico do
piso e aplicar adesivo acrílico com nata de cimento em processo vassourado,
momentos antes da concretagem.
9) Para manter as
placas alinhadas, armar sobre espaçadores treliçados, barras de transferências
transversais ás futuras juntas de dilatação, no espaçamento adequado à carga do
piso.
10) Para distribuição
de carga, armar em camadas sobre espaçadores treliçados, telas eletro soldada adequadas á carga solicitada do piso.
11) Para distribuição
de carga em opção às telas poderá, ser misturado ao concreto, na obra, FIBRAS
DE AÇO para criar estrutura tridimensional em dosagem em kg/m3 adequada á carga
solicitada do piso (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 50 kg/m3...). E principalmente
aumentar a resistência á impactos
12) A armação do
perfil do piso de concreto pode ter as seguintes peças: espaçador de tela
inferior, tela inferior, espaçador para barra de transferência, barra de
transferência, espaçador de tela superior, tela superior, tela de reforço de
borda.
13) As FIBRAS DE
POLIPROPILENO são misturadas no concreto, na obra, para reduzir a exsudação e a permeabilidade pela redução das fissurações que normalmente ocorre na retração
plástica inicial do concreto, entre outros benefícios tais como; aumentar a
resistência á impactos.
14) A MICROSSILICA
pozolânico, 1/100 do grão do cimento, melhora em muito as características do
concreto; principalmente elimina a exudação e aumenta as resistências à:
compressão, tração e modulo de deformação. Diminiu o tempo de pega. Sempre deve
ser utilizado com superplastificante.
15) LATEX para
reduzir a absorção d´água, reduzindo a permeabilidade de 6% para 1%,
plastificante reduz o consumo d´água., elimina e exsudação, aumenta o
tempo de pega.
16) ADITIVOS químicos
ACELERADORES E PEGA e SUPERPLASTIFICANTE, acelerar a pega, reduzindo o tempo de
acabamento e aumentar a resistência inicial .
17) Argamassa a base
de agregados metálicos são utilizadas para reforçar as bordas da juntas de
dilatação
18) O CONCRETO USINADO
com controle de preparação, tem as seguintes especificações:
a. Resistência á compressão em 3, 7 e 28 dias (Mpa )
b. Resistência à tração na flexão (Mpa) em 3, 7, 28 d
c. Modulo de deformação (Gpa) em 28 dias
d. Resistência aos impactos em 28 dias (J)
e. Resistência a abrasão (cm3/cm2)em 8 e 28 dias
f. Coeficiente de expansão térmica linear
g. Tamanho dos agregados principais, (britas “0”, “1”, e “2”).
h. Absorção dágua (%)
i. Plasticidade prevista na descarga em SLUMP, isto é abatimento
em cone-teste de 30 centímetros
j. Métodos de lançamentos: convencional (manual), bombeável com
bombas de brita “1” ou de brita “0”.
k. Outras especificações.
19) O concreto
usinado devera ter programação, controle e acompanhamento do momento exato da
aplicação através de gerenciamento adequado da logística da obra, para que a
usina carregue as betoneiras no momento e volume adequado à obra, ao processo
de lançamento e as vias de transporte
20) A aplicação do
concreto deve ter os recursos necessários a obra, tais como:
a. Equipamentos
adequados: vibradores de imersão, régua vibratória, réguas de sarrafeamento,
desempenadeira, baldes, pás, enxadas, colher de pedreiro, martelo, prego,
cortador de tela, torques, alicate, rodos de aço, rodos de corte, float manual,
float mecânico, nível laser, nível manual, nível de mangueira, mangueira p/
água, botas, óculos, cordas, linhas, trenas, giricas, carrinho de mão, fio p/
extensões de energia elétrica, iluminação. Maquinas acabadoras de pisos.
b. Pessoal em
qualidade e quantidade necessária
c. Adensamento e
vibração adequada ás ferragens, formas e planicidade da obra.
21) As formas do
concreto deverão ter resistência e textura adequadas ás solicitações do
processo de concretagem, e são de responsabilidade do construtor das formas.
22) Prever o tempo,
seqüência, processo e qualidade da desforma do concreto.
23) Antes do
lançamento do concreto, instalar juntas de EPS c/espessura adequada à expansão
do concreto.
24) O lançamento do
concreto devera ser no volume e velocidade compatível com os recursos da obra,
tomando o cuidado para descarregar nos locais e nas espessuras próximas das
especificadas.
25) A distribuição e
o espalhamento do concreto devera acompanhar a planicidade e nivelamento
previsto
26) O Sarrafeamento
deverá ser monitorado por nível de plano a laser, de onde sairá os pontos de
mestras de concretagem, ou por nível de mangueira dágua e mestras alinhadas.
27) O RODO DE CORTE
será utilizado durante o sarrafeamento, flotação e acabamento do piso de
concreto, para correção de planicidade. (o rodo de corte é uma ferramenta de
alumínio com 2 a 4 mt de largura e cabo de 2 a 9 mt de comprimento)
28) Durante a pega do
concreto, o piso será flotado (flutuado), por FLOAT MANUAL e ou por FLOAT
MECÃNICO, para correção de planicidade e compressão do agregado graúdo do
concreto, ficando na parte superior a nata e agregados miúdos para acabamento.
a. Float manual
(prancha de aço, alumínio ou de madeira +/- 1,50 mt X, 20 a 30 cm, e cabo 2 a 9
mt).
b. Float mecânico
(disco com diâmetro de +/- 1,2 mt, fixado em acabadora mecânica).
29) Após a flotagem
manual, o piso de concreto pode receber materiais adicionais para revestimentos
específicos que aumentam a resistência à abrasão e modificam a aparência
arquitetônica, em processo de seco sobre úmido ou úmido sobre úmido, como:
a. Alta resistência á
base de agregados minerais, cinza ou colorido, seco para aspersão sobre
úmido.
b. Alta resistência á
base de agregados metálicos, cinza ou colorido, seco para aspersão sobre
úmido.
c. Argamassa de
Alta-ultra-resistência á base de agregados metálicos, cinza ou colorido, úmido
para aplicação sobre superfície úmida ou seca.
d. Agregado de alta
resistência de colorações heterogêneas (granilite), com cimento para lapidação.
30) Durante a pega e
endurecimento do concreto, o piso continuara sendo flotado e acabado com pás da
maquina acabadora de piso até a textura necessária ou contratada:
a. Vassourado grosso.
b. Vassourado fino.
c. Textura tipo
espuma grossa
d. Textura tipo
espuma fina
e. Acabamento polido
médio
f. Acabamento polido
fino
31) As bordas do piso
recebem acabamento manual na textura contratada; porque não são alcançadas pela
acabadora mecânica.
32) Os rodapés
poderão ser construídos ou instalados pelo cliente, fora do processo de
execução do piso.
33) As paredes, até a
altura de 150 centímetros, poderão ser pintadas após a execução da concretagem,
por conta do cliente.
34) Após o acabamento
e recebimento do piso, máximo de 1 hora, o piso devera receber a cura inicial:
a. Cura por manta
de cura úmida (mais eficiente) irrigação da manta com água por no mínimo 7
dias; evita perda de resistência do concreto, evita trincas e rachaduras na
cura.
b. Cura por
película pulverizada (agentes de cura aplicado por pulverizador costal)
evita perda de resistência do concreto, abafando o concreto e evitando
evaporação acelerada da água.
c. Cura por
selante antipó – (aplicado por pulverizador costal e vassouramento) (sela a
porosidade, aumenta resistência a abrasão em +/-30%, reduz a permeabilidade,
endurece).
d. Cura por
aspersão de água com mangueira (descontrolado), pode perder resistência
superficial.
e. Outros métodos de
curas.
35) O Corte para
juntas de dilatação devera ser feito; em mais ou menos de 20 horas após a
concretagem; com maquina especifica com disco diamantado para corte de piso.
36) As juntas de
dilação são cortes feitos para direcionar as retrações nos pisos de concreto,
más não exclui possíveis fissuras que poderão aparecer com o tempo do piso. As
juntas são cortadas de acordo com negociação entre o cliente e o executor,
deixando claro que quanto menor for o espaçamento das juntas,
maior é a possibilidade de haver custos com manutenção de juntas, e que quanto maior
for o espaçamento de juntas maiores serão as possibilidades de
empenamento e fissuração do piso.
37) As juntas de
dilatação poderão ser preenchidas após a cura do concreto e ou lapidação; com
os seguintes materiais:
a. Juntas de PVC
b. Juntas de LATÃO
c. Juntas de ALUMINIO
d. Juntas de EPOXI
e. Juntas de
POLIUERETANO
f. Juntas EXPANSIVAS
de outros materiais
38) Após acabamento e
cura e ou preenchimentos de juntas, se previsto, o piso poderá ser LAPIDADO com
maquina de pedra esmeris ou diamante em passadas de granas grossa, media, fina
e super fina até o ponto contratado. A lapidação é um processo que micro
planifica o piso, deixando com aspecto de granito, onde o piso recebe materiais
para estucamento que preenchera a possíveis porosidades existentes e remoção de
micro ondulações ou riscos de acabadoras mecânicas.
39) Após acabamento
final, o piso poderá receber selante de porosidade e ANTIPOEIRA, gerado pela
cal livre do concreto. Este tipo de material também aumenta a resistência a
abrasão e proporciona um certo brilho ao longo do tempo (ou forçado com
lustração mecânica), facilitando a limpeza
40) Após acabamento e
cura e ou preenchimento de juntas, o piso poderá receber pinturas especiais,
EPÓXI autonivelante, ou outros materiais. O piso selado não pode receber epóxi
sem remoção mecânica do selante.
41) O piso de
concreto pode ser lustrado com maquina industrial e ou cera específica, para
ter brilho instantâneo ao acabamento.
42) Durante a
concretagem e acabamento úmido, o processo não pode ser interrompido, sob perda
de qualidade de textura e resistência. Ficando por conta do cliente
providenciar a necessária proteção contra quaisquer motivos de interrupção das
condições externas à execução dos trabalhos de acabamento do piso contratado.
43) Durante a
concretagem e acabamento úmido, o concreto deve ser protegido de chuva ou
contaminação por quaisquer materiais, sob perda de resistência e qualidade de
acabamento. Ficando por conta e risco do cliente a proteção do local para a
execução dos serviços de concretagem e acabamento do piso.
44) O Cliente-Obra devera disponibilizar os materiais e serviços
acessórios não contratados para execução dos serviços contratados, tais como:
a. Cimento p/calda do inicio de bombeamento
b. Estrutura para linha de bombeamento
c. Água para equipamentos e cura
d. Energia elétrica
e. Iluminação adequada
f. Estacionamento de veículos da obra
g. Sinalização de transito
h. Local para pessoal da obra
i. Proteção e local para equipamentos
j. Local para limpeza de equipamentos
k. Local para resíduos de concretagem
l. Outros materiais e serviços acessórios não contratados
Este texto é um resumo das experiências adquiridas em sucessivas
concretagens de pisos e lajes (mais de 3000 em quatro anos), e dos MANUAIS DE
EXECUÇÃO DE PISOS DE CONCRETO de:
•
ABCP
– Associação Brasileira de Cimento Portland
•
ABESC
– Assoc. Brasileira
de Empresas de Concretagens
•
IBTS - Instituto Brasileiro de Telas Soldadas
•
IBRACON – Instituto Brasileiro do Concreto
•
CONGRESSOS, SEMINÁRIOS & CURSOS.
•
MBT – Master Builders Technologies
•
ACI - American Concrete Institute
•
CONCRESERV Concreto & Serviços
•
GERDAU
•
BELGO MINEIRA
•
NOVOCON
•
CONCREPAV
•
CONCRETEX
•
CONCREMIX
•
ENGEMIX
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