Para o ângulo α é o mais fácil de se encontrar mas, teremos de definir qual a parcela de estribos verticais e inclinados (ou seja para cada modelo ou a) ou b)) :
α= arctang ( HE,d / VE,d,1)
HE,d, = Esforço horizontal
VE,d,1= Parcela do esforço vertical considerado para estribos verticais
Para se calcular os ângulos ϴ1 , ϴ2 o correto e que se deve determinar a posição da biela comprimida que é realizado com a determinação do momento resistente da seção da viga. sendo este obtido considerando o centro de gravidade resultante da compressão da armadura superior comprimida e para o outro lado do triangulo se utiliza simples expressões trigonométricas.
Pode-se considerar por um outro caminho mais simples de cálculo. com pequena margem de erro para podemos simplificar estas contas (no Excel o real é mais ou menos simples).
Pela norma DIN 1045-1 existe o limite superior e inferior para o ângulo ϴ1 que faremos logo em seguir. Para o limite inferior se recomenda como mínimo o ângulo de 30°
Prova do suporte:
VRd, max = 0,5 * ν * bw * z * fcd ≥ VEd
sendo: |
ν ≥ (0,7 -fck/200)≥ 0,5 |
fcd = fck/γc |
z = 0,9 * (h1-c') |
max ϴ1 = arc tan (zo / ac)
sendo:
zo = (h1-c') * (1 - 0,4 * VEd / VRd,max )
Orientação real do ângulo existente:
fazendo pelo caminho de cálculo simplificado temos,
ϴ1 = arc tan (dA / e)
sendo:
dA= (h1-c')-c-2cm
e = ac +c+ (L1)/2
sendo:
L1= comprimento de localização da armadura de suspensão pela NBR9062, este valor deve ser menor ou igual a d/4 ( só por informação na Itália se adota d/5).
L1 max= (dA-ac-c)*2
Verificações:
- Se verifica se ϴ1 está dentro dos limites máximo e mínimo
- Após se calcular as armaduras de suspensão é preciso verificar se estas armaduras calculadas podem ser acomodadas no comprimento L1.
Estribos verticais e inclinados:
Asv = 2*VEd * nv /(fyd)
Asi = VEd * ns/(sin 45 * fyd )
Asv : distribuidas em L1
Vamos a um exemplo prático do cálculo :
Dados:
Reação VEd= 350 KN
Força Horizontal HEd= 70 KN
bw= 30 cm
h1=60 cm
h2=100 cm
Fck=30 Mpa
Fyd=435 Mpa
c=3cm c'= 5cm
ac=20 cm
estribos verticais nv = 90%
estribos inclinados ni=10%
α= arctan ( HE,d / VE,d,1)= arctan(70/(350*0.90)= 77.5°
Prova do suporte:
VRd, max = 0,5 * ν * bw * z * fcd ≥ VEd
VRd, max =0.5*0.55*30*49.5*21.4=875.09 KN≥ 350 KN "OK"
sendo:
ν ≥ (0,7 -fck/200)≥ 0,5 = (0.70-30/200)=0.55≥ 0,5 "OK"
fcd = fck/γc = 30/1.40= 21.40 Mpa
z = 0,9 * (h1-c') = 0.90*(60-5)=49.50 cm
Limite superior:
max ϴ1 = arc tan (zo / ac)= arc tan (46.2/20)= 66.6°
sendo:
zo = (h1-c') * (1 - 0,4 * VEd / VRd,max )= (60-5)*(1-0,40*350/(875.09)=46.2 cm
Orientação real do ângulo existente:
ϴ1 = arc tan (dA / e)= arc tan (50/35)= 55.0°
sendo:
dA= (h1-c')-c-2cm =(60-5)-3-2=50 cm
e = ac +c+ (L1)/2=20+3+24/2=35
sendo:
L1= d/4 = (100-3)/4 = 24.3 cm -----adotado L1=24 cm
e,
L1 max= (dA-ac-c)*2 = (50-20-3)*2= 54 cm
NOTA: Só para informação calculando pelo método mais preciso este valor do ângulo seria de 56.1° o que é bem pequena a diferença.
Estribos verticais e inclinados:
Asv = 2*VEd * nv /( fyd) = 350*.90/(435)=> 14.49 cm²
Asi = VEd * ns/(sen (45) * fyd )= 350*0.10/(sen(45)*435) => 1.14 cm²
Asv : L1= 24 cm distribuídas em 24/4 a cada 6 cm o que acomoda as armaduras.
bw= 30 cm
h1=60 cm
h2=100 cm
Fck=30 Mpa
Fyd=435 Mpa
c=3cm c'= 5cm
ac=20 cm
estribos verticais nv = 90%
estribos inclinados ni=10%
Prova do suporte:
VRd, max = 0,5 * ν * bw * z * fcd ≥ VEd
VRd, max =0.5*0.55*30*49.5*21.4=875.09 KN≥ 350 KN "OK"
sendo:
ν ≥ (0,7 -fck/200)≥ 0,5 = (0.70-30/200)=0.55≥ 0,5 "OK"
fcd = fck/γc = 30/1.40= 21.40 Mpa
z = 0,9 * (h1-c') = 0.90*(60-5)=49.50 cm
Limite superior:
max ϴ1 = arc tan (zo / ac)= arc tan (46.2/20)= 66.6°
zo = (h1-c') * (1 - 0,4 * VEd / VRd,max )= (60-5)*(1-0,40*350/(875.09)=46.2 cm
Orientação real do ângulo existente:
ϴ1 = arc tan (dA / e)= arc tan (50/35)= 55.0°
sendo:
dA= (h1-c')-c-2cm =(60-5)-3-2=50 cm
e = ac +c+ (L1)/2=20+3+24/2=35
sendo:
L1= d/4 = (100-3)/4 = 24.3 cm -----adotado L1=24 cm
e,
L1 max= (dA-ac-c)*2 = (50-20-3)*2= 54 cm
NOTA: Só para informação calculando pelo método mais preciso este valor do ângulo seria de 56.1° o que é bem pequena a diferença.
Estribos verticais e inclinados:
Asv = 2*VEd * nv /( fyd) = 350*.90/(435)=> 14.49 cm²
Asi = VEd * ns/(sen (45) * fyd )= 350*0.10/(sen(45)*435) => 1.14 cm²
Asv: | 6 | Ø 12.5 mm | ( 2ramos) | = 14.73cm² |
Asi : | 1 | Ø 10 mm | ( 2ramos) | = 1.57 cm² |
Asv : L1= 24 cm distribuídas em 24/4 a cada 6 cm o que acomoda as armaduras.
Numa próxima publicação farei o cálculo do tirante, da armadura de costura e do ferro suplementar As,B.
Espero ter sido bem esclarecedora a publicação, dúvidas é só perguntar e por favor se houver algum erro me corrijam, não gostaria de ficar sozinho nesta jornada.
Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
3 Comments:
Gostaria de saber o motivo da porcentagem de 90% e a de 10% para os estribos verticais e os inclinados, respectivamente. Larissa Torquato, larissatsena@hotmail.com. Sou aluna do Mestrado em Estruturas da UFRN, Natal/RN.
Boa tarde
Não é que seja obrigatório a utilização de estribo inclinado, foi um exemplo que demonstrei.
A intenção da publicação foi mostrar que deve ser feito um aprimoramento do calculo de dentes gerber assim como o de consoles que devem ser revistos na norma de NBR9062.
Quando se utiliza estribos inclinados observe que as tensões diminuem muito, basta verificar sem estribos inclinados para ver o que ocorre.
Dividi o assunto em várias partes para ficar mais claro o assunto.
Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
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