Trata-se de uma estrutura de fundações de utilização bastante restrita. Temos trabalhado em muitos casos de insucesso, que exigiram procedimentos de reforço.
As causas mais comuns que temos observado são:
a) Escavações vizinhas próximas ao calcanhar.
b) Grande sensibilidade a qualquer vazamento de aguas na área de entorno.
c) Erro no detalhamento da armadura.
d) Erro na geometria do posicionamento do pilar em relação a sapata.
e) Falta de um atirantamento para compor o equilíbrio externo.
Pelo exposto, fica para o engenheiro a responsabilidade de escolher a sapata excêntrica somente para casos que lhe pareçam adequados para a utilizar o sistema. Normalmente para obras de pequeno porte e respeitando as condições de detalhamento e equilíbrio estrutural.
A mais antiga e eficiente sapata excêntrica que se tem conhecimento é o pé humano.
Vamos, portanto, nos basear nela para definir nosso modelo e como pode ser usado nas construções.
Primeira observação: a dimensão Hs da sapata é semelhante a dimensão Hp do pilar, acompanhem as figuras a seguir:
Este erro caracteriza uma anomalia geométrica de posicionamento do pilar em relação a sapata.
Voltando ao nosso modelo (o pé humano), vamos observar como deve ser a armação da sapata.
Vamos agora abrir um parêntesis para tecer alguns comentários:
1 – Temos visto poucos casos de utilização da sapata excêntrica em obras novas.
É em reformas que encontramos maior aplicação deste tipo de fundação.
Os casos mais comuns são os reforços de paredes limites de pequenas
construções, nas quais a razão mais comum é a operação para aumentar
pavimentos.
Vamos ver o caso que foi mostrado como modelo de arquitetura estrutural .
2 – Não devemos mais fazer sapatas (excentricas ou não), com o formato chanfrado:
É assim o modelo que vemos apresentado na literatura e nos programas de cálculo e dimensionamento de estruturas de concreto armado.
Este é um formato antigo, que acompanha o nosso modelo fundamental que é o pé humano. Este procedimento visa economizar concreto, posto que os esforços máximos ocorrem no calcanhar e atingem o zero na outra ponta.
Acontece que no passado o atual Fck era um valor bastante reduzido em relação a resistência do concreto de hoje. Para mostrar este fato, lembro que quando começamos a calcular a resistência comum para o concreto era o que se chamava de tensão de ruptura e o valor típico era 90 Kgf/cm2 (9 MPa).
Para atingir a resistência utilizada hoje, é fundamental que o concreto, seja eficientemente adensado, difícil tarefa para operacionalizar com a superfície livre inclinada.
http://boaengenharia.blogspot.com.br/2012/03/bate-papo-com-o-engenheiro-sapata.html
Nota: É aconselhável ver e estudar a norma NBR6118 e 6122 onde trata do assunto de sapatas excêntricas.
Nota: É aconselhável ver e estudar a norma NBR6118 e 6122 onde trata do assunto de sapatas excêntricas.
Muito bom, valeu, bem didático.
ResponderExcluirAilton Brito
Ótimo texto, parabéns. Extremamente didático.
ResponderExcluirmuito boas essas aulas, aprendi bastante
ResponderExcluirparabéns pelas dicas
ResponderExcluirmuito boas essas aulas, aprendi bastante
ResponderExcluirParabens!!!
ResponderExcluirMuito didática a exposição dos princípios para cálculo de sapatas excentricas.
Sa´´ude.
Obrigado pelas dicas. Bastante oportuno.
ResponderExcluirÓtimas informações, parabéns.
ResponderExcluirObrigado foi muito importante essa aula.
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