O texto que está logo abaixo
mostra claramente o meu pensamento sobre “Compartilhamento”.
Tento fazer a minha parte, criei o Site do Clube
do Concreto para mostrar o que desenvolvi ao longo de minha carreira e
também mostrar o que está sendo desenvolvido em todo o mundo, mas é claro que não
deixado de lado o como deve ser feito certo em cada atividade ligada ao
concreto e aos pré-fabricados de concreto.
Planilhas devem ser divulgadas
com o caráter de aprendizado, as formulas devem ser seguidas e devidamente validadas este é o principio de
qualquer bom Engenheiro, pode até ser um erro meu em não explicar de como fazer,
mas publicarei brevemente este assunto de uma forma bem fácil.
Faço a
minha parte, atualmente temos aqui na empresa cinco estagiários e ensino tudo
que aprendi, quem já trabalhou comigo sabe disso. Ah!! Se cada um fizesse isto!!
Seria o mercado formiguinha, no futuro iriamos colher o que plantamos. Tem gente
ainda que não pratica o “Compartilhamento” com medo, porque pode se tornar desastroso se cair o
conhecimento em mãos erradas, puxa a que ponto chegamos...
Quando existe uma ocorrência procuro
aprender com estes erros, mas não deixo de me sentir corresponsável pelo fato
de que poderiam ter ensinado melhor. Só
fico meio desconcertado porque não existe AINDA
o dialogo entre os leitores, esta é uma das melhores formas de aprender (aprender todo dia).
Faça uma boa leitura e não deixe de refletir em cada
palavra do texto e comece fazendo a sua parte e seja “O ENGENHEIRO” e não “UM
ENGENHEIRO”.
Engenheiro Ruy Serafim de Teixeira Guerra
Brasil – Pernambuco - Caruaru
O
Princípio de Compartilhar
Geralmente é aceito, entre os
pensadores, que um dos maiores problemas que enfrenta hoje o planeta, é o de
compartilhar corretamente os recursos da Terra. A gravidade do tema, mais a
inexperiência da humanidade ao tratar os problemas globais, conspiram até o
ponto de nos deprimir quando nos enfrentamos com as horrendas necessidades que
persistem no mundo: o alimento, o combustível, a moradia, a educação, a
liberdade de expressão, entre outras.
Às vezes ajuda a clarear nossa compreensão
individual sobre as necessidades e as soluções, o olhar este assunto de um
ponto de vista mais elevado do que o óbvio nível físico.
Talvez, compreender que o
princípio de “compartilhar” tem uma
implicação muito mais profunda, pode dar uma dimensão nova à nossa visão. Um
aspecto do significado do compartilhar é o de participar, utilizar,
experimentar ou desfrutar com os outros sem nenhuma implicação particular de
propriedade, simplesmente uso mútuo. Não há nenhuma sugestão de caridade ou de
dar algo da nossa propriedade a outro, onde a gratidão está implícita. Existe a
firme suposição de que tudo o que é compartilhado não é propriedade de ninguém,
mas que pertence a todos. Nenhum dar, nem receber (simplesmente compartilhar
aquilo que o planeta nos oferece para o bem-estar de toda a humanidade). Este é
um conceito particularmente falso devido ao hábito da propriedade que nós
estabelecemos com firmeza. Quando for compreendido pelos homens e mulheres de
visão, de todo o mundo, que a meta do correto compartilhar é o maior passo para
as corretas relações humanas, este aspecto da vida será mais conscientizado e
seriamente estudado.
Pitágoras ensinou a seus discípulos a melhor forma de transmitir
certos valores e princípios elevados. Explicou que a raiz da justiça era “aquela através da qual todos os homens
poderiam chamar uma mesma coisa de: minha e tua”. Obviamente isto seria
possível através da alma, “a alma Una”,
ou através de um ponto de vista espiritual ou planetário. Raramente se
compreende que compartilhar é, em essência, uma manifestação de síntese e o
efeito natural da justiça na sua forma mais clara.
Do ponto de vista global, todos
os recursos, todas as terras e toda fonte de energia pertencem à humanidade.
Falamos aqui da justiça e do realismo, de um ponto de vista inclusivo. A nova
ordem mundial reconhecerá que os produtos do mundo, os recursos naturais do
planeta e suas riquezas, não pertencem a nenhuma nação e devem ser
compartilhados por todos. Uma próspera e correta distribuição organizada dos
produtos da terra: grãos, óleos, etc., assim como os produtos minerais, serão
desenvolvidos quando a vida humana se basear na necessidade de cada nação, e
sobre seus próprios recursos internos e nas necessidades dos povos. Tudo isso
será conseguido quando se tomar consciência da totalidade.
As Nações Unidas instituíram um
plano para assegurar um estoque de grãos para assegurar ao mundo o alimento
necessário para tempos de más colheitas, ou de desastres naturais. O plano
exorta a cento e vinte e sete países a manterem um mínimo de segurança nos
estoques de grãos, de acordo com suas circunstâncias, para poder socorrer as
áreas golpeadas pela emergência.
O Dr. A H Boerma, primeiro
Diretor Geral da Organização Mundial de Agricultura e Alimentação disse: “até
que o mundo não formar um estoque suficientemente bem distribuído para
prevenir-se em caso de uma grande adversidade”, a humanidade enfrentará a
ameaça de um déficit mundial de alimentos, “e
este é um processo que poderia levar dois ou mais anos, dependendo da vontade
dos países”. É melhor que este plano dependa das Nações Unidas, para que
ela possa ter um inventário global das possíveis provisões, do que intentar
fazer um estoque central em um só lugar. Quando a rede mundial de computadores
for colocada a serviço da realização de um inventário dos possíveis recursos,
veremos um uso mais amoroso da tecnologia por parte da humanidade. Planos
similares, tais como a Lei da Conferência Oceânica sobre as plataformas
marítimas e os planos para a utilização pacífica do espaço exterior, estão
sendo desenvolvidos para a distribuição e utilização dos recursos ainda não
explorados.
Talvez, o compartilhar como oposto
do dar e receber possam ser compreendidos com maior clareza, à luz do velho
ditado Sufi, que diz: “que o homem
possua somente aquelas coisas que não podem ser perdidas, nem sequer num
naufrágio”. Isto elimina quase tudo. Ao levá-lo em conta faz com que cada
um deve reexaminar a prática e até a ideia da propriedade.
Como o conceito “aqueles que têm” e “aqueles que não têm” pode ser
purificado de forma prática num conceito mais inclusivo, mais iluminado, o de
compartilhar para o benefício de todos?
Dentro da família de nações,
aliviar a carga de um só mundo como um todo, deve ser realizado como o fim e
objetivo de cada nação. Os recursos de todo o planeta devem ser compartilhados,
e deve ser compreendido, cada vez mais, que os produtos da terra, as dádivas
dos mares e a herança cultural e intelectual das nações, pertencem a toda a
humanidade, e não são exclusividade de uma nação. Este conceito não implica um
Estado mundial, mas sim o desenvolvimento de uma consciência pública universal,
que realiza a unidade do todo. Isso inclui, por exemplo, o desenvolvimento
apropriado e o correto governo de cada unidade nacional, de modo que possa
realizar adequadamente seus deveres internacionais, e assim formar parte de uma
fraternidade mundial de nações. Quando o sentido de segurança nacional estiver
adequadamente baseado nas corretas relações e não na força, então será possível
enfrentar este assunto com profundidade e coragem.
Os velhos ritos estão tão
profundamente inculcados, tão fortemente alinhados com as antigas miragens e
ilusões de cobiça e temor, com a dualidade de desejos contra as necessidades,
que uma abordagem abstrata é necessária para começar a clarificar pessoalmente,
nosso pensamento.
As atitudes de possuir começaram
no momento em que fomos educados a compartilhar “nossos” brinquedos com as outras crianças. Diziam-nos: “dividam seus brinquedos”, e ainda hoje
é raro ensinar a uma criança que um brinquedo apenas está em sua custódia para ser
usado no tempo que necessitar. Não é necessário que ele renuncie ao brinquedo,
somente há que ensiná-lo que renuncie ao seu desejo de possui-lo, ao seu apego
à ideia de que é seu e que pode fazer com ele o que quiser, para sempre.
Raramente é ensinada à criança a responsabilidade de custodiar as coisas, como
algo oposto a possui-las. Ao educar às nossas crianças na necessidade de
compartilhar, para uma livre circulação de todas as utilidades essenciais,
fazemos um verdadeiro começo para estabelecer uma nova ordem de valores.
Raras vezes é compreendido que
não é tanto a atual posse de muitos objetos e coisas o que nos retém em nossos
esforços para a inclusividade, mas a nossa imagem mental “que fazemos da nossa propriedade”. Se mentalmente entregamos tudo
à corrente planetária, ainda que fisicamente os retenhamos em custódia, ao
mesmo tempo estaremos livres do peso da posse. É a ideia de “ter e guardar” a que não está em linha
com o fluxo e ritmo naturais. Na medida em que começamos a examinar e reajustar
nossas atitudes daquela posse e da propriedade com relação à da confiança e da
custódia, seremos úteis para a solução deste impedimento planetário. Quando nos
dermos conta de que todos os recursos pertencem temporariamente àqueles que têm
a necessidade num momento dado, o fluxo circulatório da natureza começará a
distribuir as riquezas mais imparcialmente entre toda a família humana.
Do ponto de vista de um planeta,
de uma humanidade e de uma Alma, a justiça de compartilhar a riqueza e os
recursos viventes da terra é a prática mais razoável das ideias. Como a energia
segue o pensamento, cada um de nós pode começar no trabalho de reorientar a
atitude egoísta da humanidade, eliminando estas atitudes da nossa própria vida.
Da mesma maneira que um homem pensando claramente e com boa vontade pode
transformar o clima mental em seu torno, assim, milhares de homens e mulheres
de boa vontade, pensando em termos de justiça, de compartilhar e de corretas
relações humanas, e indicando os novos ideais e valores, podem ter o efeito
cumulativo de irradiar Luz e Amor ao redor de todo o planeta.
No futuro, o fator de
contribuição na vida deve ser enfatizado e desenvolvido, e o bem de toda
família de nações deve ser interpretado como o é o bem de uma nação ou de um grupo de nações. A educação da opinião pública, neste
sentido, pode ser realmente melhorar a identidade nacional e a cultura
individual de um país. A justiça de compartilhar sobre uma base planetária não
é somente um ideal para o qual há que caminhar, mas que é uma necessidade para
a instauração de uma nova era.
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