Gosto sempre de explicar a diferença entre as
dosagens dos concretos antigo e novo (moderno).
No meu tempo que estudava na faculdade (isso faz bastante tempo), aprendi a
dosar o concreto para a maior dimensão característica possível (DMC)
do agregado graúdo (brita) tínhamos que obter a menor superfície especifica na
mistura e com isso termos um menor teor de água por m3 no concreto, a isto
chamo de concreto antigo (dosagem antiga).
Com o concreto novo dosamos com
materiais de dimensões características (DMC) mais reduzidas e como isso
temos como consequência uma maior demanda de água e como houve aumento da
superfície especifica total na mistura entram em ação os bons aditivos para
fazer o corte deste excesso de água.
O que resulta então para o concreto novo é maiores resistências pelo preenchimento dos vazios pelos finos. Simples não é?
O que resulta então para o concreto novo é maiores resistências pelo preenchimento dos vazios pelos finos. Simples não é?
Os controles para produzir um concreto novo devem
ser bem maiores, as variações de agregados para uma finura menor do que a
dosada pode ser bastante prejudicial e ocorrer uma queda representativa nas
resistências finais do concreto.
Nada para se assustar porque um bom tecnologista
do concreto que esteja preparado certamente irá resolver os problemas que surgem. As
soluções de separar agregados por lotes de finura devem ser vista com maior
ênfase.Os aditivos devem ser estudados porque não adianta utilizar
maiores percentuais de aditivo se este ultrapassar seu ponto de saturação e se for colocado pouco aditivo este não irá atuar devidamente e poderá ainda existir casos de incompatibilidade do
aditivo x cimento.
Hoje temos avançado na produção do concreto, existe uma infinidade de
tipos, mas vou citar só alguns para uma pequena analise, vejamos isso:
Concretos Auto Adensáveis- CAA,
Concretos de Alto Desempenho - CAD,
Micro concretos
industrializados (Grautes) e,
Concretos de Pós Reativos CPR.
Como estou tratando somente o aspecto da dosagem do concreto e no
tocante a finura do concreto vejamos então resumidamente o seguinte:
No CAA
existe a necessidade de termos teores de finos controlados para que possa se rolar os grãos maiores. Diversos tecnologistas limitam os agregados graúdos a um menor DMC ficando em 19 mm, também é utilizado aditivos
redutores de água e aditivos modificadores de viscosidade.
Nos concretos CAD temos a introdução no concreto de adições (microsilicas ou outros) com o
intuito de fechar mais ainda os poros e para o corte desta água a maior, os aditivos utilizados devem ser neste caso os policarboxilatos que reduzem drasticamente este consumo de
água.
No micro concreto-Grautes temos ainda menores DMC, por
volta de 4.75 mm e a sua composição atende fielmente a curvas de dosagem, por
terem seus agregados separados por peneiras classificatórias.
E finalmente cito os CPR, que tem na sua composição os grãos limitados a
aproximadamente 2 mm, nestes concretos se atinge resistências de 200 a 800 Mpa.
Resumidamente o que eu pretendia dizer é que existe uma tendência muito
forte nos concretos para uma redução de sua Dimensão Máxima Característica-DMC onde comprovadamente se obtém maiores resistências e maiores módulos de
elasticidade.
No DPCON (versão 5) os finos agora entram na dosagem dos concretos convencionais/bombeados como sendo os redutores dos
poros, assim como no CAA e o CAD (ver fig. acima). Com novas soluções e formulações inovadoras que foram desenvolvidas para se fazer isso na dosagem do concreto.
Nesta nova versão da dosagem do DPCON tem-se obtido grandes
resistências no concreto. A trabalhabilidade é muito melhor e fica praticamente a mesma para qualquer teor de
aglomerante e fora ainda o aspecto visual do concreto que está praticamente igual em qualquer local do
mundo.
Quero agora agradecer aqui aos que me ajudam na Inbrac-Brasil-Caruaru em especial ao meu estagiário (no papel mas o considero um ENG.) Murilo Tenório Cavalcanti.
Agradeço também com maior enfase ao incentivo pessoal a minha pessoa de Ronit Manojcumar assim como a todos os seus membros desta concreteira de Maputo-Moçambique.
Ronit Manojcumar é o desenvolvedor atuante e participativo desta nova tecnologia de dosagem dos concretos convencionais/bombeados que é certamente inovadora em todos os seus aspectos.
Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
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