Alguns autores chegam a recomendar um intervalo de duração para a penetração da
agulha na vibração do concreto e orientam para encerrá-la somente quando cessar a
saída de bolhas graúdas de ar, ainda em tempo de fechar o espaço deixado pela agulha
do vibrador no concreto. SILVA (1995) sugere de 11 a 30 segundos e MATTOS (1997)
recomenda de 5 a 15 segundos.
Porém, a operação de vibração deve garantir a boa mistura de agregados, não podendo
ser demorada demais, para não segregar o concreto, nem muito rápida, a ponto de não
proporcionar a saída do ar aprisionado, mas durar o suficiente para que a massa de
concreto penetre em todos os cantos e reentrâncias da forma e envolva completamente
as barras da armadura. São muitas as variáveis envolvidas para se estipular um tempo
mínimo ou máximo.
De acordo com RIPPER (1996), somente com a prática se ganha a capacidade de sentir
a reação do concreto com a vibração, por isso deve-se escolher com muito critério o
operador do vibrador, chamado vibradorista, que deve ser treinado, e somente ele deve
ficar com esta tarefa. É errado mudar sempre o profissional ou designar qualquer operário
para manejar o vibrador.
O vibradorista deve ser a capaz de determinar o tempo necessário para o vibrador
permanecer imerso no concreto e identificar visualmente o raio de vibração, assegurando
um bom adensamento. Através da revisão sistemática do trabalho do vibradorista, o
supervisor ou coordenador da obra devem especificar o tipo de vibrador e o tempo
necessários para produzir o adensamento do concreto, sem segregação.
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