Por mais de 100 anos muitos esforços têm sido feitos para alcançar um concreto de propriedades desejadas por meio ajustes na graduação de seus agregados.
Os esforços iniciais procuraram tratar o conceito com uma densidade máxima com a ideia de que esta graduação tornando o concreto mais denso se faria conter menos espaços vazios necessários para serem preenchido com a pasta de cimento.
Infelizmente as misturas formuladas com poucos espaços vazios podem tender a ser muito duras e ainda não temos aditivos ou adições que possam fazer mudar este comportamento. Acredito que estes aditivos deverão formar a linha da quarta geração ainda não descoberta, e que também existirão no futuro novos meios de adensamento para o concreto com este comportamento.
Jay Shilstone tecnólogo de Command Alkon, Inc.trata o concreto com o seu fator de aspereza, com o fator de argamassa e com o gráfico da força 0.45 para uma verificação da utilização de uma mistura de agregados.Se utilizam diversos gráficos para analise da mistura e se verifica em que zona esta mistura se encontra.
O gráfico de aspereza (Coarseness Factor Chart - FC) não é um sistema de classificação ele é simplesmente um gráfico que ajuda a garantir misturas uniformes de agregado , sem grandes lacunas na classificação ( Jay Shilstone , 2002). Veja uma planilha em Excel sobre este assunto:
http://www.clubedoconcreto.com.br/2014/04/coarseness-factor-chart-fc.html
http://www.clubedoconcreto.com.br/2014/04/coarseness-factor-chart-fc.html
Já Kenday tecnólogo da Austrália reconheceu que a área de superfície das partículas dos agregados deveria ser usado para se dosar já que estas partículas dos agregados são revestidas com a pasta e isto então é utilizado como uma chave de comportamento para uma utilização do concreto.
Kenday com seu MSF (Mix Suitability Factor) utiliza fatores de peso para cada grão e com isso explora a área de superfície na mistura com o seu SS (specific surface) e com outros parâmetros que desenvolveu.Como se observa KenDay não considera a granulometria dos grãos em sua dosagem.
O conceito de Módulo de Finura para se dosar o concreto tem sido demonstrado que não deve ser o único modo para se graduar os agregados porque para um mesmo MF existem muitas graduações nos agregados que se obtêm este mesmo MF. Apesar de ser especificado na ACI 214 este método de projeto de mistura. É reconhecido que as misturas dos agregados devam ser mais bem classificadas para esse entendimento.
Se nota que Jay Shilstone utiliza o uso de frações distintas para os grossos e os finos e Kenday com a superfície especifica, para se idealizar a mistura do concreto e para os dois tecnólogos observe que ambos se preocuparam com a formalização de parâmetros para a utilização da mistura encontrada.
Vejamos no geral que quando temos uma certa mistura esta poderá servir ou não para uma determinada utilização, seja esta concreto convencional, bombeado, fluido,estrutural, para pré-fabricados e outro usos e sempre esta utilização depende diretamente de seus finos e/ou da finura da mistura.
Como certa lógica a curva da mistura que serve como padrão deve então ser ajustada a utilização para a a qual se destina, engrossando ou afinando a mistura, subindo ou descendo o módulo de finura, subindo ou descendo o MSF de Kenday , subindo ou descendo a aspereza de Jay.
A curva padrão que adoto a qual chamo de curva mãe a curva de Fuller deve ser ajustada para uma determinada utilização para que não se faça uma aproximação para uma curva irreal a qual foi obtida para um certo DMT.
O método de dosagem que desenvolvi o DPCON vem sendo hoje atualizado vagarosamente com estas novas ideias porque o meu tempo é muito escasso devido a minha dedicação atual para o calculo estrutural de pré-fabricados de concreto.
Creio que foi avançado muito e agora eu não poderia de deixar de agradecer a Ronit Manojcumar que de uma concreteira de Maputo em Moçambique vem ajudando com muito afinco a desenvolver as novas versões de evolução do DPCON.
Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
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