Quando se diminui os vazios do concreto com misturas bem empacotadas haverá logicamente uma redução do consumo de aglomerantes porque se faz reduzir o volume de pasta para que envolvam os agregados.
Quando se tem excesso de vazios nos agregados a mistura se torna áspera e torna-se difícil o seu manuseio e aplicação, então se corrige este excesso de vazios com um incremento de pasta ou com um novo empacotamento com a adição de um agregado com finos.
Veja um exemplo desta importância:
Um concreto com relação a/c de 0,50, se o volume necessário de pasta diminuir de 30% para 25% como decorrência do empacotamento dos agregados, o consumo de cimento irá cair em cerca de 60 kg/m³.
Esta importância da graduação dos agregados foi demonstrada por Melo e Liborio Melo onde foi constatado que ao substituir 40% da areia em uma argamassa por um agregado graúdo, de forma a aumentar a compacidade da fase agregado, implicou em um melhor desempenho.
Os métodos de empacotamento de agregados e de adições minerais devem ser estudados com a interação entre o aditivo super plastificante e os materiais cimentícios para evitar incorporação de ar não desejada criando vazios no concreto.
A tecnologia dos concretos que está apoiada em princípios científicos, tem dado sua contribuição para esse desafio. O desenvolvimento dos concretos de alta resistência, com uso de adições minerais provenientes de resíduos industriais, o uso intensivo de aditivos superplastificantes e o empacotamento de partículas irá certamente permitir a diminuição do consumo de aglomerantes, sem ter prejuízo na durabilidade.
Deve-se levar em conta que o concreto também não deve ser muito sensível à distribuição granulométrica porque é inerente dos agregados a variação de sua granulometria, mesmo dentro de um mesmo lote. Para tanto a utilização de uma menor dispersão possível em relação a uma curva padrão como a de Fuller é uma regra que deve ser obedecida para atenuar as variações granulométricas. O método DPCON é uma ferramenta de dosagem que está orientada para este ótimo empacotamento sendo resolvida uma mistura ideal para que produtores com controles tecnológicos mínimos se beneficiem de um concreto bem mais econômico.
Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
Bibliografias:
PROF. WELLINGTON MAZER-CONCRETOS ESPECIAIS UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - PR
José Simão Morgado Resendes- Fenómenos de transporte em leitos constituídos por partículas com
diferente diâmetro e forma
TOBIAS AZEVEDO DA COSTA PEREIRA-Concreto auto-adensável
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