Fixemos os seguintes dados:
A% = água/materiais secos= água / (peso agregados + C) = 6,0 6.5% e 7,0% (C= teor de cimento)
Densidade dos agregados na mistura = 2.60 t/m3
Densidade do cimento= 3.10 t/m3
Densidade da água=1 t/m3
Volume de ar na mistura=20litros
Consumos de cimento de 300kg/m3
Pelos volumes absolutos temos que:
C/3.1 + agreg/2.60 + agua = 1000-20
substituindo com os valores adotados teremos:
0.385 * agregados + Teor de água= 883.23 (1)
Como temos variações de umidade do concreto em A%= 6.0/6.5/7.0 :
Teor de água= A%*C + agregados * A% (2)
Substituindo (2) em (1) para cada teor de umidade teremos então o seguinte quadro resumo:
Resta agora analisar este quadro:
1- Como para teores de umidade do concreto na ordem de 7%, sabe-se que o concreto se comporta obedecendo a lei de Abrams (a/c versus resistências) coloquei na última coluna o valor provável de resistência em função do a/c para cada valor de A% se adotando as curvas de Abrams do cimento da ABCP. Se observa que existe uma variação em torno de 5 Mpa para cada 0,50% de aumento em A% (teor de água/materiais secos).
2- A variação do peso de uma peça de paver em relação a A% não é significativa, as tolerâncias na balança de agregados e aglomerantes assumem percentuais muito maiores. Portanto não existe correlação do Peso do paver com a umidade do concreto verde
Como conclusão fica claro que se deve ter controles para a umidade do concreto verde no processo produtivo mas, não se deve deixar de lado o controle individual de pesos porque valores discrepantes em relação ao previsto significam anomalias no processo produtivo que devem ser encontrados e corrigidos imediatamente sob pena de obtenção de produtos não conformes.
Eng Ruy Serafim de Teixeira Guerra
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